Acionistas da Pharol abrem a porta a aumento de capital
Os acionistas da Pharol, que reuniram esta sexta-feira, aprovaram uma alteração aos estatutos da empresa que vai permitir aumentar o capital em até 40 milhões de euros.
Os acionistas da Pharol deliberaram abrir a porta a um aumento de capital na companhia, através de uma alteração nos estatutos que permite injetar até 40 milhões de euros na empresa, bem como emitir obrigações. O objetivo poderá, depois, passar por participar no aumento de capital da Oi, operadora brasileira da qual a Pharol é hoje a maior acionista. Todos os pontos foram aprovados com maioria qualificada, sabe o ECO.
“A Pharol informa que na Assembleia Geral Anual de Acionistas realizada hoje foram adotadas pelos Senhores Acionistas as seguintes deliberações: aprovação da alteração do número 3 do Artigo 4.º e número 3 do Artigo 8.º dos Estatutos da Sociedade”, lê-se no documento enviado à CMVM.
Foi ainda aprovado um programa de aquisição e alienação de ações próprias. Ou seja, com a alteração do número três do artigo 4.º, o conselho de administração poderá, com o parecer favorável do conselho fiscal, aumentar o capital social, por uma ou mais vezes, e por entradas de dinheiros, num montante até 40 milhões euros.
Nesta assembleia geral, os acionistas deliberaram, e aprovaram, ainda um pedido do conselho de administração para a alteração do número 3 do artigo 8.º, para que este passe a prever a “emissão de obrigações não convertíveis em ações ou outros valores mobiliários e instrumentos representativos de dívida pode ser deliberada pelo Conselho de Administração”, assim como “a emissão de obrigações convertíveis em ações”, de acordo com a proposta.
Este foi o resultado da assembleia-geral da empresa, que decorreu esta sexta-feira em Lisboa. Numa longa reunião, que durou cerca de três horas, o ECO sabe que vários foram os acionistas que colocaram questões detalhadas acerca das contas da empresa e outros pormenores, como os motivos subjacentes à intenção de a Pharol aumentar o seu capital.
De recordar que a empresa liderada por Luís Palha da Silva apresentou prejuízos de 806,5 milhões de euros relativos a 2017, depois de se ver obrigada a alterar a forma de contabilização da sua posição na Oi e a assumir uma “perda de influência” na companhia.
A Oi encontra-se ao abrigo de um processo de recuperação judicial, que visa evitar a falência da maior operadora do Brasil. O plano contempla a conversão de dívida em ações e a injeção de capital fresco, diluindo significativamente a posição da empresa portuguesa Pharol, através da Bratel. As duas empresas têm também estado em forte litigância, com a Pharol a não concordar com as linhas em que foi aprovado esse mesmo plano de recuperação. Atualmente, decorre um processo de mediação do conflito.
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