China propõe gastar 70 mil milhões em produtos norte-americanos. Mas só se Trump desistir das tarifas
A China propõe importar 70 mil milhões de dólares em produtos agrícolas e energéticos oriundos dos EUA, mas só se Donald Trump desistir dos impostos sobre as importações chinesas.
A China propôs comprar cerca de 70 mil milhões de dólares em produtos agrícolas e energéticos com origem nos Estados Unidos, mas apenas se Donald Trump desistir das tarifas sobre as importações chinesas, avançou o The Wall Street Journal [acesso pago], que cita fontes conhecedoras das negociações. Esta é uma informação nova que surge numa altura em que responsáveis das duas maiores economias do mundo se sentam à mesa, no sentido de tentar evitar uma guerra comercial.
Entre os produtos que a China propõe adquirir ao abrigo desta proposta encontra-se a soja e o milho, mas também o gás natural, o petróleo e o carvão. A lista de compras poderá chegar aos 70 mil milhões de dólares no primeiro ano. Contudo, para avançar, o Presidente dos Estados Unidos terá de esquecer as tarifas que anunciou sobre importações de produtos chineses.
A China tenta assim pôr água na fervura, depois de os Estados Unidos terem garantido existir um fosso nas importações e exportações bilaterais. Concretamente, Donald Trump tem reiteradamente falado de um défice comercial de 375 mil milhões de dólares entre os dois países, desfavorável aos EUA.
Desconhece-se a posição dos oficiais norte-americanos sobre esta proposta do país liderado por Xi Jinping. A possibilidade de uma guerra comercial entre as duas maiores economias do mundo tem vindo a provocar ondas de choque que já afetaram os mercados internacionais em vários dias de negociações.
Reações às tarifas também já chegaram do México, e não são amigáveis
O México respondeu de maneira diferente dos chineses à decisão norte-americana de impor tarifas ao aço e alumínio importados do México, Canadá e União Europeia. As autoridades mexicanas vão retaliar impondo tarifas sobre produtos siderúrgicos e agrícolas dos EUA.
A lista de novas taxas, que vão de 15% a 25%, foi publicada esta terça-feira pelo Ministério da Economia no jornal oficial do governo mexicano. Inclui tarifas de 20% sobre as importações de carne suína, maçãs e batatas dos EUA e taxas de 20% a 25% em alguns tipos de queijos e bourbon. Está ainda prevista uma quota de 350 mil toneladas livres de tarifas para importações de pernil e pernas de porco de outros países. O peso mexicano desvalorizou 1,6% em relação ao dólar na passada segunda-feira, depois de ser conhecido o plano de impor uma tarifa de 20% sobre a carne de porco americana.
(Notícia atualizada às 18h13 com mais informações)
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