Trump e Kim assinam acordo. Tudo vai mudar, prometem
Trump disse "não ter dúvidas" de que vai ter um "ótimo relacionamento" com o líder norte-coreano Kim Jong-un frisou "decidiram deixar o passado para trás". "O mundo vai assistir a uma grande mudança"
O Presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, e o líder norte-coreano, Kim Jong-un, assinaram esta terça-feira um acordo, um documento “abrangente” depois de um encontro histórico que tinha como principal objetivo desnuclearizar a península coreana. No início da cimeira Trump disse “não ter dúvidas” de que vai ter um “ótimo relacionamento” com o líder norte-coreano Kim Jong-un.
“Antigos preconceitos e velhos hábitos têm sido obstáculos, mas superámos todos para nos encontrarmos aqui hoje”, disse por sua vez vez o líder norte-coreano. Kim frisou ainda que os dois líderes “decidiram deixar o passado para trás”. “O mundo vai assistir a uma grande mudança”, acrescentou
A cimeira histórica entre o Presidente dos Estados Unidos e o líder da Coreia do Norte teve início hoje, em Singapura, com um histórico aperto de mão entre Donald Trump Kim Jong-un. Trump disse esperar que a desnuclearização da península aconteça “muito, muito rapidamente”, segundo a Reuters. Os mercados aplaudem o resultado: o dólar atingiu um máximo de três semanas e as ações nos mercados asiáticos revelaram alguma volatilidade com a notícia.
No acordo assinado, os dois países comprometem-se a estabelecer uma nova relação de acordo com o desejo de paz e prosperidade dos povos de ambos os países. Mas há mais pontos: unir esforços para criar um regime pacífico estável e duradouro na península coreana; reafirmar a declaração de 27 abril na qual a Coreia do Norte se compromete a trabalhar para uma total desnuclearização da península e, finalmente os dois países comprometem-se a recuperar os prisioneiros de guerra remanescentes, incluindo a repatriação imediata daqueles que já foram identificados.
Este é o primeiro encontro entre os líderes dos dois países depois de quase 70 anos de confrontos políticos no seguimento da Guerra da Coreia e de 25 anos de tensão sobre o programa nuclear de Pyongyang. Este encontro histórico ocorre depois de, em 2017, as tensões terem atingido níveis inéditos desde o fim da Guerra da Coreia (1950-53), face aos sucessivos testes nucleares de Pyongyang e à retórica beligerante de Washington.
A cimeira começou pelas 9h00 de terça-feira (2h00 em Lisboa), no hotel Capella em Singapura, e resulta de uma corrida contra o tempo — com uma frenética atividade diplomática em Washington, Singapura, Pyongyang e na fronteira entre as duas Coreias –, em que houve anúncios, ameaças, cancelamentos e retratações surpreendentes.
As equipas do Presidente dos Estados Unidos e do líder norte-coreano iniciaram uma reunião alargada, após um primeiro encontro de cerca 40 minutos entre os dois líderes, sem conselheiros e apenas com os tradutores.
Já os líderes foram dar um passeio pelos jardins do hotel, após o almoço, e Trump garantiu uma vez mais que a cimeira correu “melhor do alguém poderia esperar”.
À chegada à sala onde o encontro está a decorrer, Trump mostrou-se confiante de que ele e Kim Jong-un vão “resolver um grande problema, um grande dilema”.
(Notícia atualizada com detalhes do acordo)
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