Netflix vai fazer parcerias com produtores portugueses
No primeiro ano de operação em Portugal, a Netflix triplicou o catálogo disponível. E vai "crescer cada vez mais".
Um ano depois de entrar em Portugal, a Netflix admite fazer parcerias com produtores de conteúdos locais e adianta que no futuro irá estabelecer parcerias no mercado português. Falta encontrar o momento certo e investimento.
A Netflix, que fornece televisão através da Internet, em streaming, arrancou em Portugal a 21 de outubro do ano passado, em parceria com a Vodafone Portugal.
Apesar de a Netflix ter como política não revelar os números dos subscritores a nível local, a empresa considera estar no “bom caminho” em Portugal, disse à Lusa Yann Lafargue, diretor de tecnologia e de comunicação corporativa para a região Europa, Médio Oriente e África (EMEA).
“Estudámos um ano antes de entrarmos o que os portugueses gostam”, afirmou o responsável, adiantando que, aquando do lançamento do serviço, o catálogo de conteúdos foi adaptado ao mercado.
“Num ano triplicámos o tamanho do catálogo“, disse, acrescentando que vai “crescer cada vez mais e mais“.
Questionado sobre se além da parceria com a Vodafone Portugal a Netflix admite fazer o mesmo com outras operadoras, Yann Lafargue diz que sim. “Procuramos sempre criar parcerias“, que podem ser feitas com entidades na área do consumo, de Internet de banda larga ou até com empresas como a Playstation, explicou.
“No futuro, vai haver mais parcerias a funcionar em Portugal, estamos a falar de toda a gente na indústria“, mas “é preciso encontrar o momento certo e o investimento”, salientou o responsável.
Há um ano, em entrevista à Lusa, o presidente executivo da Netflix, Reed Hastings, disse esperar atingir um terço dos lares portugueses nos próximos sete anos.
Questionado sobre se esta meta se mantém, Yann Lagargue afirmou: “Mantemos. É o que queremos e estamos no bom caminho”, salientou.
Relativamente à possibilidade de a Netflix ter conteúdos locais, o diretor do serviço de televisão por Internet afirmou que tal é possível: “Portugal é um país de grandes contadores de histórias“. E salientou: “Estamos a olhar e a procurar novos projetos” nos mercados onde a Netflix está presente, “não vejo por que não Portugal, é uma possibilidade”.
Sobre o mercado português, Yann Lafargue reconheceu que “a categoria streaming é nova em Portugal“, pelo que a empresa vai “continuar a inovar e a melhorar o serviço”, salientando que os consumidores portugueses só podem esperar um serviço cada vez melhor.
Em termos internacionais, “as subscrições estão a crescer, o crescimento internacional e a expansão são a parte mais dinâmica da Netflix”, disse, salientando que, com mais dinheiro, através das subscrições, a empresa pode investir mais em conteúdos.
No terceiro trimestre deste ano, as receitas globais da Netflix ultrapassaram os 2.000 milhões de dólares (cerca de 1.801 milhões de euros) pela primeira vez, mais 36% do que um ano antes. Neste período, a Netflix angariou perto de 400 mil membros nos Estados Unidos, acima das estimativas da empresa da empresa, e 3,2 milhões de membros no mercado internacional.
No próximo ano, a empresa vai aumentar de 600 para mais de 1.000 horas os conteúdos originais disponibilizados no seu serviço.
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