Tudo o que tem de saber sobre o Web Summit

Faltam poucas horas para o arranque do maior evento de tecnologia e empreendedorismo, em Lisboa. A lista do que se sabe... e do que se espera.

Quando forem 18 horas, o palco principal do MEO Arena ilumina-se para receber Paddy Cosgrave, António Costa, João Vasconcelos e companhia. Pela primeira vez, o maior evento de empreendedorismo e tecnologia do mundo realiza-se em Portugal, depois de ter deixado a sua cidade Natal, Dublin, em novembro do ano passado.

Serão mais de 50.000 pessoas a assistir a conferências, a conhecer e a dar-se a conhecer nos pequenos stands montados na FIL, e a descobrir tudo o que de mais inovador se faz no mundo, atualmente.

Mas há mais: além dos participantes — que vêm de 165 países do mundo –, o Web Summit traz a Lisboa cerca de 1.500 investidores: João Vasconcelos, secretário de Estado da Indústria, considera que esta é a oportunidade ideal para dar a conhecer ao mundo a melhor versão de Portugal. Entretanto, este sábado, a organização anunciou que os bilhetes de entrada esgotaram, dois dias antes da inauguração.

Ao todo, estão registados 53.056 participantes no Web Summit, um número que ultrapassa o objetivo traçado pela organização da conferência internacional. “Sempre dissemos que queríamos atingir os 50 mil participantes em Lisboa em 2016 e decidimos encerrar as vendas de bilhetes”, anunciou Paddy Cosgrave, o fundador do Web Summit, citado em comunicado, acrescentando ser “incrível termos atingido este número. Há apenas seis anos, apareceram 400 pessoas para o primeiro Web Summit, em Dublin”.

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O número de participantes — ao qual se juntam mais 19.000 pessoas inscritas nos eventos paralelos — representa o dobro do número de assistentes alcançado no ano passado, quando o Web Summit ainda se realizava na capital da Irlanda. Dos 72 mil participantes registados, mais de 7.700 são portugueses, incluindo 239 startups, 170 investidores e 30 parceiros. A organização do evento divulgou esta sexta a lista de 50 empresas que suscitam maior curiosidade dos investidores: das cinco dezenas, sete são portuguesas. A representar Portugal e, escolhidas no âmbito do programa Road 2 Web Summit estão também 66 startups nacionais, escolhidas em rondas de pitch.

O Web Summit contribuiu também para a mudança da maneira de olharmos para Lisboa, em particular, e para Portugal no geral. A garantia é de publicações internacionais como o The Guardian ou a Reuters que, na semana que antecedeu o evento, publicaram trabalhos extensos sobre Lisboa, sublinhando as parecenças da capital portuguesa com algumas das mais importantes cidades empreendedoras do mundo.

Entretanto, os primeiros participantes da conferência foram chegando no fim de semana, muitos deles para participar no Surf Summit, na Ericeira. O impacto do evento, esse, vai medir-se antes e durante mas, sobretudo após o Web Summit, acredita Paddy Cosgrave. “Temos de pensar no impacto a médio e longo prazo. É natural que as pessoas pensem que isto é ótimo para os hotéis, é bom para os restaurantes, para os taxistas. Mas acho que é preciso pensar a longo prazo: de que maneira é que o Web Summit pode mudar a perceção de Portugal no mundo?”, assegura.

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E se pensa que o evento acaba depois da última conferência, não podia estar mais enganado. O programa do Web Summit vai muito além dos nomes dos mais de 660 oradores: esta segunda e, durante todos os dias de evento, as noites são também muito preenchidas. Logo depois da sessão inaugural, no Parque das Nações, arrancam as Pubs Crawls, no Bairro Alto e no Cais do Sodré. Os eventos paralelos chegam a outras partes da cidade: a Uniplaces, a Traddio e a EatTasty vão pôr artistas a cantar num chuveiro de uma residência do Intendente. E a organização até preparou um mapa para facilitar a logística das agendas mais preenchidas.

A propósito da preponderância que o empreendedorismo tem ganho em Portugal, o Governo apresenta esta segunda-feira um novo fundo de cofinanciamento no valor de mais 200 milhões de euros, que se vêm juntar a outro tanto já anunciado pelo Executivo de António Costa.

Já fez a mala para o Web Summit? Não se esqueça de levar entusiasmo. É que “o brilho de Portugal”, garante Paddy Cosgrave, nunca foi tão forte.

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