Comissão de gestão barrada em Alvalade
A Comissão de Gestão do Sporting liderada pelo presidente Artur Torres Pereira não conseguiu entrar em Alvalade, depois de dúvidas relativamente à sua legitimidade.
O acesso às instalações de Alvalade da Comissão de Gestão do Sporting, para iniciar funções, foi negado esta terça-feira, num gesto que o seu presidente Artur Torres Pereira considera “hostil” e de “desprezo para com as decisões judiciais”.
“O Conselho de Gestão do Sporting, no cumprimento do seu mandato e da sua missão, deslocou-se às instalações do Estádio José Alvalade para poder iniciar as suas funções nas instalações”, referiu Artur Torres Pereira em declarações à CMTV.
"O acesso ao estádio e às instalações foi vedado, negado, numa manifestação de hostilidade para com a Comissão de Gestão e desprezo para com as decisões judicias que legitimam a sua presença no Estádio José Alvalade”
Artur Torres Pereira, presidente da Comissão de Gestão nomeada pela Mesa da Assembleia Geral do Sporting, surgiu em Alvalade acompanhado por Sousa Cintra e Luís Marques e remeteu, à saída, mais reações para um comunicado do organismo.
A crise institucional no clube desencadeou-se após as agressões sofridas por vários elementos do plantel e da equipa técnica em 15 de maio, na Academia do Sporting, em Alcochete, levadas a cabo por cerca de 40 pessoas encapuzadas, dos quais 27 foram detidos e ficaram em prisão preventiva.
Depois destes acontecimentos, a maioria dos membros da Mesa da Assembleia Geral (MAG) e do Conselho Fiscal e Disciplinar (CFD) e parte da direção apresentaram a sua demissão, defendendo que Bruno de Carvalho não tinha condições para permanecer no cargo.
Após duas reuniões dos órgãos sociais, o presidente demissionário da MAG, Jaime Marta Soares, marcou uma Assembleia Geral para votar a destituição do Conselho Diretivo (CD), para 23 de junho e criou uma comissão de fiscalização para evitar o vazio provocado pela demissão da maioria dos elementos do CFD.
O CD, que não reconhece legitimidade a esta decisão, criou uma comissão transitória da MAG, que, por sua vez, convocou uma AG ordinária para o dia 17 de junho, para aprovação do Orçamento da época 2018/19, análise da situação do clube e para esclarecimento aos sócios, e marcou uma AG eleitoral para a MAG e para o CFD para o dia 21 de julho.
Dando provimento a uma providência cautelar interposta pela MAG, o Tribunal Judicial da Comarca de Lisboa considerou ilegal a comissão transitória da MAG nomeada pela direção do Sporting, bem como as reuniões magnas por esta marcadas.
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