Acionistas do BPI aprovam saída de bolsa
O banco liderado por Pablo Forero vai mesmo sair de bolsa. Os acionistas aprovaram em assembleia geral com mais de 99% dos votos a perda de qualidade da sociedade aberta do BPI.
Já é oficial: o BPI vai mesmo sair de bolsa, 32 anos depois de se ter estreado. A saída do banco liderado por Pablo Forero foi aprovada por mais de 99% do capital presente na assembleia-geral realizada esta sexta-feira, sendo que o CaixaBank, sozinho, detém 94%. O último dia de negociação deverá acontecer nas próximas semanas.
“A assembleia geral assim constituída aprovou, por 99,26% dos votos expressos, a proposta do acionista CaixaBank de perda da qualidade de sociedade aberta do Banco BPI”, de acordo com um comunicado enviado pelo banco liderado por Pablo Forero à CMVM.
Estiveram presentes ou representados 26 acionistas, detentores de ações correspondentes a 95,08% do capital social do banco.
Foi a 6 de maio que o banco espanhol deu conta de já ter 92,935% do capital da instituição financeira liderada por Pablo Forero, anunciando na ocasião que iria convocar uma assembleia de acionistas do BPI para propor essa retirada. Desde então, tem reforçado a posição, controlando já mais de 94% do capital.
Agora que a saída de bolsa do BPI foi aprovada pelos acionistas, vai demorar ainda algumas semanas até que a saída seja efetiva.
Dividendos não podem exceder 50% dos lucros
Na reunião desta sexta-feira, em Serralves, foi ainda aprovada a nova política de dividendos do grupo. A partir de agora, os dividendos do BPI não deverão exceder os 50% dos lucros do banco.
O banco espanhol defende a “distribuição de um dividendo anual do exercício, tendencialmente situado entre 30% a 50% do lucro líquido apurado nas contas individuais do exercício a que se reporta”, como se podia ler na convocatória da Assembleia Geral. No mesmo documento era contudo referido que, o montante concreto a propor deve “ser definido à luz deu um juízo prudente que tenha em conta, face à situação concreta em que o Banco se encontre, a satisfação permanente de níveis adequados de liquidez e solvabilidade”.
Entre as condicionalidades a que esta distribuição está sujeita incluem-se o cumprimento dos rácios de capital ou a existência de “circunstâncias excecionais”.
Também aprovada foi a redução do número de membros do conselho de administração para o triénio 2017-20219, de vinte para dezoito. Esta redução acontece depois da saída em maio de Carla Bambulo e Vicente Tardio, representantes da Allianz que saiu do capital do BPI.
(Notícia atualizada às 10h43)
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