BPI sobe comissão das contas à ordem. Há quem passe a pagar três vezes mais
O banco vai acabar com a cobrança de comissões da conta à ordem por patamares. Vão passar a pagar todos os mesmo, a partir de outubro. Há, por isso, clientes que vão ver esse encargo triplicar.
Depois de em junho ter passado a cobrar pelas transferências online, chega a vez de o BPI aumentar as comissões da conta à ordem. A instituição financeira liderada por Pablo Forero deixou de fazer variar esse encargo em função do património dos clientes, passando a cobrar o mesmo a todos. Com essas alterações há quem fique a pagar o mesmo, mas muitos vão pagar mais. E há quem vá ver esse encargo triplicar face ao que acontecia até agora.
O BPI publicou no seu site alterações ao preçário de comissões que entram em vigor a partir de 1 de outubro, onde a principal mudança recai sobre os custos associados à manutenção da conta à ordem. De acordo com essas alterações, todos os clientes da instituição detida pelo Caixabank que não adiram a produtos ou serviços específicos vão passar a pagar uma comissão trimestral única de 15 euros. Em termos anuais corresponde a um encargo de 60 euros.
Esse montante já era aplicado aos clientes do BPI que detivessem um património depositado à ordem inferior a 1.000 euros e responsabilidades inferiores a 2.500 euros. Para património e responsabilidades superiores a esses montantes eram aplicadas comissões mais baixas quanto mais elevados fossem esses valores.
BPI vai atualizar o preçário a 1 de outubro
O BPI vem agora acabar com essa diferenciação que, para quem tem património à ordem superior a 3.000 euros e responsabilidades acima de 7.500 euros, significa que os encargos vão triplicar. Atualmente esse segmento de clientes paga uma comissão de cinco euros por trimestre, equivalentes a 20 euros por ano. Agora vão passar a pagar 15 euros por trimestre ou 60 euros anuais.
O mesmo valor passará a ser pago por quem detém património entre 2.000 e 3.000 euros e responsabilidades entre 5.000 e 7.500 euros, bem como nas situações em que o património caia entre 2.000 e 3.000 euros e as responsabilidades oscilem entre 2.500 euros e 5.000 euros. Esses segmentos de clientes pagam atualmente uma comissão de 7,50 e 12,50 euros.
A atualização do preçário do BPI acontece num contexto em que a instituição financeira tem vindo a aproximar o seu preçário da concorrência. Foi o que aconteceu em março, quando o banco anunciou que iria passar a cobrar pelas transferências online a partir do passado mês de junho.
A alteração que o banco liderado por Pablo Forero vem agora anunciar também vai ao encontro das reivindicações do próprio Banco de Portugal que já tinha manifestado que os bancos não deveriam aplicar comissões diferenciadas em função dos clientes. Essa recomendação foi seguida por vários bancos, sendo que muitos têm vindo a apostar em contas de serviços.
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