Investimento em imobiliário comercial em Portugal atinge recorde de 1.400 milhões no primeiro semestre
Foram realizadas 23 transações nos primeiros seis meses do ano, três das quais entraram diretamente para a lista das vendas mais dispendiosas de sempre.
O volume de investimento em imobiliário comercial atingiu um novo recorde no primeiro semestre de 2018. Foram investidos 1.400 milhões de euros, o que é o valor semestral mais alto já registado.
De acordo a CBRE, foram realizadas 23 transações nos primeiros seis meses, com três a entrarem diretamente para a lista das vendas mais dispendiosas registadas. Essas são o portefólio da Blackstone, que inclui o Forum Montijo, o Forum Sintra e o Sintra Retail Park, o Dolce Vita Tejo e o Lagoas Park.
Para ajudar este desempenho está a continuação das taxas de juro, em níveis historicamente reduzidos, que “garantem uma elevada liquidez a nível global”, explica a CBRE em comunicado. No mercado nacional, “os fortes fundamentos do mercado imobiliário, nomeadamente de escassez de oferta face a uma elevada procura e consequente subida do valor das rendas, reforçam a atratividade do setor”, continua.
O investimento em centros comerciais rondou os 650 milhões de euros no primeiro semestre, num total de quatro centros. O Lagoas Park foi adquirido pelo fundo de investimento Kildare.
Os ativos de retalho representaram mais de metade do investimento, e os escritórios cerca de 37%. O mercado francês é dos que mais aposta, dentro do capital internacional que é o maioritário nos investimentos.
Ainda estão na linha de venda 11 centros comerciais, negócios que podem não se concretizar neste ano. Assim, a CBRE prevê que “o ano de 2018 encerre com aproximadamente 1.400 milhões de euros de investimento no setor, claramente um recorde histórico”, excedendo os 3.000 milhões de euros.
“O investimento em imobiliário comercial de rendimento supera todas as expectativas e reflete a manutenção de uma elevada liquidez a nível global e as perspetivas de um significativo crescimento dos valores das rendas em Portugal”, destaca Cristina Arouca, diretora de Research da CBRE, citada em comunicado.
Quanto aos escritórios, no primeiro semestre de 2018 foram ocupados 83.000 metros quadrados em Lisboa e 43.500 metros quadrados no Porto, o que representa acréscimos de 6% e 40% respetivamente, em relação ao período homólogo.
O crescimento de oferta de espaços flexíveis é “uma das principais tendências do mercado de escritórios”, identifica a CBRE, ao representar 14% da área de escritórios ocupada em Lisboa no início do ano.
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