Assunção Cristas decreta o fim do Bloco de Esquerda como “pendor moral do regime”
Presidente do CDS-PP, Assunção Cristas, defendeu que o caso de Ricardo Robles desmascarou o BE na sua "hipocrisia política" e arrogância, deixando de poder querer ser "o pendor moral do regime".
A presidente do CDS-PP, Assunção Cristas, defendeu esta quarta-feira que o caso de Ricardo Robles desmascarou o BE na sua “hipocrisia política” e arrogância, deixando de poder querer ser “o pendor moral do regime”.
“O BE ficou desmascarado nas suas posições, muitas vezes demagógicas, procurando sempre posicionar-se com um certo nível de arrogância e de superioridade moral em relação a todos os outros partidos. Isso ficou desmascarado e o BE já não poderá continuar a querer ser o pendor moral do regime”, defendeu Assunção Cristas aos jornalistas.
À margem de uma visita às ‘repúblicas seniores’ do Centro Social e Paroquial de São Jorge de Arroios, em Lisboa, a líder centrista salientou que este caso não implica apenas o vereador bloquista da autarquia da capital, que acabou por renunciar ao mandato, mas todo o BE.
“Acho que este assunto não é um assunto de Ricardo Robles, é um assunto do próprio BE, porque o BE não se distanciou, no momento em que as coisas vieram a lume procurou desvalorizar e até atirar para cima da comunicação social, dizendo que estava a ser alvo disto ou daquilo ou de notícias que não eram verdadeiras”, defendeu.
Assunção Cristas disse ver a renúncia ao mandato de Ricardo Robles como o resultado de “uma enorme pressão de toda a sociedade”, numa atitude tomada “não por convicção”, mas por ausência de alternativa.
“O BE entrou numa profundíssima contradição. Durante muito tempo andou a dizer algo que, de repente, se virou contra o próprio BE. O que nós sentimos é uma enorme hipocrisia política. No fundo, o BE quer uma realidade para os outros, mas para si próprio e para os outros escolhe outra”, declarou.
A renúncia ao mandato de vereador por Ricardo Robles surgiu na sequência de uma notícia avançada na edição de sexta-feira do Jornal Económico segundo a qual, em 2014, o autarca adquiriu um prédio em Alfama por 347 mil euros, que foi reabilitado e posto à venda em 2017 avaliado em 5,7 milhões de euros.
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