Secretário do Comércio dos EUA “roubou” 120 milhões de dólares a sócios

  • Lusa
  • 8 Agosto 2018

“Se metade das acusações forem legítimas, o atual secretário do Comércio poderá estar entre os maiores golpistas da história do seu país”, revela a Forbes.

O secretário do Comércio dos Estados Unidos, Wilbur Ross, “desviou ou roubou diretamente” os seus sócios empresariais em 120 milhões de dólares, segundo uma reportagem publicada esta quarta-feira na revista Forbes, baseada em 21 testemunhos.

Se metade das acusações forem legítimas, o atual secretário do Comércio poderá estar entre os maiores golpistas da história do seu país”, revela a Forbes, que estima a fortuna de Ross em cerca de 700 milhões de dólares.

O autor do artigo, Dan Alexander, apontou os depoimentos das pessoas que trabalharam com o atual secretário do Comércio, que o retratam como “um homem obcecado pelo dinheiro e desconectado dos factos” e com um padrão de comportamento de fraude.

Muitos acusam-no de “desviar ou roubar diretamente alguns milhões aqui e ali, enormes quantias para a maioria, mas não necessariamente para o atual secretário do Comércio”, quantias que, no total, ascendem a mais 120 milhões, cerca de 108 milhões de euros.

Ross disse à revista que o caso “não tem fundamento”, sublinhando também que a Comissão de Mercado de Valores (SEC) nunca tomou medidas legais contra si. No entanto, o artigo da Forbes também menciona uma multa de 2,3 milhões que o regulador impôs à empresa, em 2016, por, supostamente, “defraudar e enganar” os investidores.

Além disso, quando a SEC impôs essa multa, a comissão também revelou que a empresa de Ross havia embolsado 11,9 milhões de dólares que supostamente havia retirado dos seus investidores – acrescidos de juros – enquanto administrava a empresa.

A Forbes cita ainda uma queixa no tribunal apresentada em 2005 por um antigo vice-presidente da WL Ross, na qual este solicitava 20 milhões por, supostamente, o empresário tentar ficar com os lucros, embora ambos tenham chegado a um acordo confidencial, que outros ex-funcionários dizem ter ascendido a 10 milhões de euros.

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