Sonae aumenta lucros em 25 milhões de euros
As vendas e os lucros da Sonae continuam a crescer. Retalho alimentar e Worten voltam a impulsionar vendas da retalhista. Dívida encolhe e investimento aumenta em 30 milhões de euros.
A Sonae continua na senda dos bons resultados. A empresa co-liderada por Ângelo Paupério e Paulo Azevedo fechou o primeiro semestre do ano com lucros de 98 milhões de euros, mais 25 milhões ou 34,2% do que em igual período do ano anterior.
Este forte aumento é justificado pela Sonae com o “crescimento das vendas e da rentabilidade, bem como ao dos resultados indiretos”.
O resultado indireto da Sonae atingiu os 68 milhões de euros, mais do que duplicando face a igual período de 2017, resultante de “reavaliações do portefólio, de ganhos de capital da Sonae IM e do valor criado nas propriedades de investimento da Sonae Sierra”.
No ganhos de capital da Sonae IM está a alienação parcial da participação na OutSystems.
Já o volume de negócios da retalhista atingiu os 2.680 milhões de euros, mais 6,6% do que nos seis primeiros meses do ano anterior, “particularmente impactado pela Sonae Retalho que contribui com 167 milhões adicionais”.
O EBITDA consolidado cresceu 15 milhões de euros para os 154 milhões.
Numa análise mais detalhada por área de negócios, o destaque vai para o retalho que cresceu 7,7%, com o alimentar a aumentar 7,2% para os 1.906 milhões de euros. A Sonae afirma que esta evolução “permitiu à Sonae MC, uma vez mais, reforçar a sua quota de mercado”.
Já o volume de negócios da Worten cresceu 7,1% para os 474 milhões de euros, suportado pelo “crescimento da operação online e de uma variação de vendas no universo comparável de lojas de 5,8%, apesar do menor volume de vendas de produtos sazonais resultante de temperaturas atipicamente baixas sentidas em maio e junho, particularmente em Espanha”.
A Sonae Sports & Fashion foi também penalizada pelas condições meteorológicas, mas ainda assim regista um crescimento de 0,9% nos primeiros seis meses do ano, totalizando 168 milhões de euros. Em termos de online, a Sonae destaca que as vendas na Zippy cresceram 56%, 13% na Salsa e mais do que duplicaram na MO.
Já as vendas internacionais representam atualmente 45% das vendas totais.
Paralelamente, a Sonae FS cresceu 27,5% para os 14 milhões de euros. Por seu turno, o imobiliário de retalho (Sonae RP) fechou o período com um volume de negócios de 47 milhões de euros, mais 2,9% do que em igual período do ano passado, e um valor contabilístico líquido de 908 milhões de euros.
A Sonae IM teve um semestre particularmente positivo, com o volume de negócios a crescer 8,7% para os 75 milhões de euros, em parte resultante da alienação de 50% da OutSystems.
A Nos e a Sierra já tinham apresentado os seus resultados.
Dívida encolhe e investimento cresce
A Sonae reduziu a dívida em 6,7%, ou 95 milhões de euros, para 1.324 milhões de euros. A empresa, com sede na Maia, assegura que “o gearing médio em valores de mercado melhorou, quando comparado com o mesmo período do ano passado, para 0,6x, devido nomeadamente ao aumento da capitalização média bolsista e à diminuição da dívida líquida quando comparado com o mesmo período de 2017″.
Em termos de investimentos, a Sonae totalizou 151 milhões de euros, mais 30 milhões do que no semestre homólogo, devido “essencialmente a um maior nível de capex da Sonae MC, relacionado com remodelações, e da Sonae IM relacionado com operações de fusão e aquisição”.
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