Juncker prepara com comissários o seu último discurso do Estado da União
O colégio da Comissão Europeia volta a reunir-se num seminário, no qual o presidente Jean-Claude Juncker vai discursar pela última vez, a menos de nove meses das eleições europeias, em maio.
O colégio da Comissão Europeia volta a reunir-se entre quinta e sexta-feira, num seminário no qual o presidente Jean-Claude Juncker preparará com os comissários aquele que será o seu último discurso sobre o “Estado da União”.
Juncker proferirá o discurso do “Estado da União” em 12 de setembro, perante o Parlamento Europeu, em Estrasburgo, no arranque para o último “ano académico” da sua Comissão e a menos de nove meses das eleições europeias, agendadas para maio de 2019, e da qual resultarão um novo Parlamento Europeu e um novo executivo comunitário.
Jean-Claude Juncker, que há muito já anunciou que não se recandidatará ao cargo de presidente da Comissão – que exerce desde outubro de 2014 – vai presidir ao tradicional seminário do colégio que marca a “rentrée” política em Bruxelas, numa reunião fora do “quartel-general” da Comissão e longe dos olhares da imprensa, confirmou esta quarta-feira o porta-voz do executivo comunitário.
“Amanhã e sexta-feira, o colégio encontra-se para o seminário anual da «rentrée». O presidente Juncker e os seus comissários irão preparar juntos o discurso do Estado da União, que será proferido na sessão plenária do Parlamento Europeu em Estrasburgo, em 12 de setembro. O colégio também discutirá o programa de trabalho da Comissão para o próximo ano. Esta reunião será num formato de seminário, fora do (edifício) Berlaymont, sem reuniões e telefones a tocar, para que possam concentrar-se totalmente na discussão”, disse Margaritis Schinas.
Embora o mandato da atual Comissão Europeia só expire no final de outubro de 2019, Juncker já não deverá proferir o discurso do “Estado da União” em setembro do próximo ano, altura em que se estará a processar a transição do atual para o futuro executivo comunitário (tal como sucedeu em setembro de 2014, quando José Manuel Durão Barroso, ainda em funções, já não discursou, uma vez que Jean-Claude Juncker era já o presidente eleito, após a vitória do Partido Popular Europeu nas eleições europeias de maio desse ano).
Instituído em 2010, após a entrada em vigor do Tratado de Lisboa, o primeiro discurso sobre o “Estado da União” Europeia foi proferido em Estrasburgo por Durão Barroso, um ano após a sua reeleição para um segundo mandato à frente da Comissão Europeia.
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