PT diz que “lutará com todos os meios” para manter candidatura de Lula da Silva
O Partido dos Trabalhadores afirmou que vai lutar "com todos os meios" para garantir a candidatura de Lula da Silva à presidência do Brasil, rejeitada pelo Tribunal Superior Eleitoral do país.
O Partido dos Trabalhadores (PT) afirmou este sábado que vai lutar “com todos os meios” para garantir a candidatura de Lula da Silva à presidência do Brasil, rejeitada pelo Tribunal Superior Eleitoral (TSE) do país.
O Tribunal Superior Eleitoral (TSE) rejeitou, esta madrugada, a candidatura do ex-Presidente brasileiro, preso desde abril e obrigado a cumprir uma pena de prisão de 12 anos e um mês por suposta prática dos crimes de corrupção e branqueamento de capitais.
Sem esperar a votação do último dos sete juízes do TSE, o PT divulgou uma nota denunciado uma suposta “violência cometida” contra o antigo chefe de EStado e anunciou que iria “apresentar todos os recursos aos tribunais para que sejam reconhecidos os direitos políticos de Lula [da Silva], previstos na lei e nos tratados internacionais ratificados pelo Brasil”.
“Vamos defender Lula [da Silva] nas ruas, com o povo, porque Lula [da Silva] é o candidato da esperança”, disse a liderança do PT no comunicado.
“É uma mentira dizer que a lei impede a candidatura de qualquer um que tenha sido condenado em segunda instância”, continuou o partido, citando 145 candidatos que disputaram eleições municipais em 2016 e que como Lula da Silva tiveram seus registos de candidatura indeferidos pela Justiça eleitoral brasileira.
O PT também invocou a recomendação do Comité de Direitos Humanos da Organização das Nações Unidas, que recentemente pediu ao Brasil que permitisse que Lula da Silva participasse da eleição presidencial até que todos os seus recursos judiciais fossem ouvidos. “O Brasil tem a obrigação de se submeter” à decisão do Comité [da ONU], concluiu o PT.
Com a decisão, o ex-Presidente brasileiro fica impedido de manter-se candidato à Presidência do Brasil pelo Partido dos Trabalhadores (PT), que terá o prazo de dez dias para indicar um novo candidato para participar das eleições presidenciais do país.
Contestada por 16 pedidos de impugnação no TSE, o registo de candidatura de Lula da Silva acabou indeferido porque o antigo Presidente foi condenado em duas instâncias da Justiça brasileira, condição que o impede de concorrer a cargos públicos segundo as leis eleitorais do país.
Lula da Silva foi condenado pela justiça brasileira, em duas instâncias, a 12 anos e um mês de prisão num processo em que é acusado de ter recebido um apartamento de luxo na cidade do Guarujá da construtora OAS, em troca de favorecer contratos da empresa com a estatal petrolífera Petrobras.
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