Danske Bank terá participado em lavagem de dinheiro russo. Foram 30 mil milhões só num ano
O maior banco privado dinamarquês terá sido usado pela Rússia para um esquema de lavagem de dinheiro durante nove anos. Só em 2013, terão sido branqueados 30 mil milhões de dólares.
O Danske Bank, maior banco privado dinamarquês, terá participado num esquema de branqueamento de capitais com origem na Rússia. O esquema terá sido operado através de uma pequena sucursal deste banco na Estónia, por onde terão passado 30 mil milhões de dólares (cerca de 26 mil milhões de euros) de dinheiro russo, durante apenas um ano. A notícia foi avançada, esta segunda-feira, pelo Financial Times (acesso pago).
As conclusões constam do relatório de uma investigação independente, encomendada pelo próprio Danske Bank à consultora Promontory Financial, que descobriu que cerca de 30 mil milhões de dólares provenientes de clientes não residentes na Estónia foram depositados nesta agência do Danske Bank em 2013, ano em que foram feitas perto de 80 mil transações. Esse terá sido o ano em que houve maior volume de transações, mas o esquema ter-se-á prolongado de 2007 a 2015.
A dúvida, agora, é que executivos do banco dinamarquês, e em que momentos, tinham conhecimento das transações que estavam a ser realizadas. “Levamos o assunto muito a sério, razão pela qual iniciámos investigações aprofundadas”, disse já o chairman do Danske Bank, Ole Andersen. “Estamos empenhados em conhecer toda a história e acredito que é do interesse de todos que se conclusões sejam tiradas com base em factos comprovados e não em peças de informação fragmentadas e retiradas de contexto”, acrescentou, citado pelo Financial Times.
Estes novos detalhes surgem depois de, recentemente, o banco ter sido acusado pelas autoridades dinamarquesas de não ter implementado medidas de combate ao branqueamento de capitais relativamente às operações na Estónia. As investigações ainda não estão concluídas, mas uma coisa já é certa: o esquema terá tomado proporções maiores do que se pensava.
Inicialmente, estimava-se que o montante de transações suspeitas feitas ao longo do período de nove anos ascendesse a 3,9 mil milhões de euros.
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