Se não houver aumentos salariais, Função Pública avança para greve
A FESAP propõe aumentos salariais de 3,5% já para o próximo ano. No entanto, a entidade disposta a negociar o valor com o Governo.
A Federação de Sindicatos de Administração Pública (FESAP) ameaçou esta terça-feira avançar para uma greve, a realizar-se ainda este ano, caso o Governo não apresente qualquer proposta de aumentos salariais, afirmou em conferência de imprensa. Do lado da FESAP, estão em causa aumentos salariais de 3,5% no próximo ano, no entanto a entidade disposta a negociar o valor com o Governo.
“Só precisamos que o Governo nos diga que em 2019 vai aumentar salários na Função Pública”, afirmou o secretário-geral da FESAP, José Abraão, em conferência de imprensa citada pelo Jornal de Negócios. “É evidente que, se as propostas não merecerem acolhimento, temos a luta e a greve como as últimas armas a usar”, acrescentou.
Esta quarta-feira, a FESAP, tal como as outras duas estruturas sindicais da função pública, vão estar no Ministério das Finanças para a primeira reunião sobre o Orçamento do Estado. É esperada já alguma indicação sobre o rumo dos salários em 2019, uma vez que as estruturas sindicais não abdicam de negociar a atualização das remunerações e das carreiras antes do Orçamento do Estado ficar fechado.
A estrutura da UGT admite que as negociações possam ser feitas em termos plurianuais, de forma idêntica ao que acontece com os aumentos das pensões, que estão associados a indicadores económicos e, também, “à semelhança do que fizeram os colegas espanhóis e na Alemanha”.
Quanto aos aumentos faseados em diferentes momentos do próximo ano, a FESAP rejeita essa proposta, que foi apresentada pelo Bloco de Esquerda.
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