“Parceria com Angola vai subir para um nível estratégico”, diz Santos Silva
O ministro dos Negócios Estrangeiros considera que a visita do primeiro-ministro a Angola acontece numa "fase muito importante de intensificação do relacionamento bilateral entre Portugal e Angola".
Augusto Santos Silva, ministro dos Negócios Estrangeiros, considera que a visita de António Costa a Angola, que se inicia esta segunda-feira, e a de João Lourenço a Portugal irão “marcar uma fase muito importante de intensificação do relacionamento bilateral entre Portugal e Angola“, disse na Conversa Capital, um espaço de entrevista conjunto da Antena 1 e do Jornal de Negócios (acesso pago).
A visita de dois dias a Angola acontece agora porque “só agora foi possível agendá-la com as autoridades angolanas”, disse Santos Silva. “Para nós, o primeiro-ministro sempre esteve disponível para realizar esta visita a Angola. Esta foi a data possível que resultou da convergência de ambas as partes”, acrescentou.
“Vamos fazer subir o nível desta parceria para um nível propriamente estratégico”, afirmou o ministro português, acrescentando que o encontro entre os governantes português e angolano está entre as prioridades do Governo nacional. O ministro dos Negócios Estrangeiros de Portugal apontou três razões que o justificam.
Em primeiro lugar, do ponto de vista político-institucional, “porque temos um relacionamento diplomático e uma convergência de ação e interesses na cena internacional que é absolutamente notável. Basta ver a importância que Angola teve no sucesso da candidatura do engenheiro António Guterres a secretário-geral das Nações Unidas”.
A segunda razão prende-se com a cooperação política e diplomática com Angola constante, quer no âmbito das Nações Unidas como no quadro da Comunidade dos Países de Língua Portuguesa (CPLP). “Essa cooperação em muito reforça as posições e os interesses de ambos os países”, acrescentou.
Por último, “Angola é neste momento o oitavo cliente de Portugal, no que diz respeito ao comércio internacional de bens e serviços”. Por outro lado, Portugal é o segundo fornecedor de Angola e o décimo cliente de Angola e, de acordo com Santos Silva, para centenas de empresas portuguesas, Angola é o único mercado de exportação.
Com as três razões apontadas, Augusto Santos Silva conclui que o objetivo dos encontros é a “intensificação”, a relação de Portugal com Angola é uma relação de parceria, entre iguais, de países irmãos. “Há um elemento muito importante e que define a característica da relação económica entre Portugal e Angola, esse elemento é a reciprocidade. É uma relação muito simétrica, muito equilibrada”, afirmou em entrevista.
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