Ganhos da família EDP compensam pressão da Galp em Lisboa
A Galp está a cair 1,3% em Lisboa, no dia em que se dá o destaque do dividendo intercalar que a petrolífera vai pagar na quinta-feira. Mas a queda está a ser compensada por ganhos na EDP e EDPR.
A bolsa de Lisboa abriu com ganhos ligeiros. A valorização do índice português está suportada nos ganhos das empresas da família EDP, enquanto a Galp Energia pressiona o índice de forma significativa, no dia em que se dá o destaque do dividendo intercalar de 27,5 cêntimos que será pago aos acionistas a 20 de setembro.
As ações estão a cotar nos 16,235 euros, o que representa uma desvalorização de 1,3% face à sessão anterior. Contudo, tendo em conta o valor teórico de ajuste da cotação, de 16,175 euros (assumindo a cotação de 16,45 euros a que os títulos encerraram a última sessão antes do destaque do dividendo), os títulos apresentam uma valorização de 0,37%. A partir desta terça-feira, os títulos deixam de conferir direito à remuneração.
Neste contexto, a bolsa nacional avança 0,05%, para 5.331,59 pontos, ainda que só quatro das 18 cotadas estejam a cotar no vermelho. Os ganhos da EDP e da EDP Renováveis estão a conseguir compensar a pressão da Galp Energia em ex-dividendo, com a empresa liderada por António Mexia a somar 0,64%, para 3,285 euros por ação, enquanto a companhia presidida por João Manso Neto sobe 0,47%, para 8,47 euros cada título.
A bolsa de Lisboa contraria, desta forma, a tendência negativa que está a afetar a generalidade das praças europeias. Num dia em que o Stoxx 600 cai 0,1%, a bolsa alemã recua 0,16% e a bolsa britânica cai 0,25%. Em causa, a escalada das tensões comerciais entre os Estados Unidos e a China.
Durante a madrugada, o presidente Donald Trump decidiu tornar efetiva a proposta de novas tarifas sobre as importações de produtos chineses, no valor de 200 mil milhões de dólares, confirmando o principal receio dos investidores nas últimas semanas. Pequim deverá agora retaliar com novas tarifas contra os Estados Unidos. A guerra comercial é já vista como uma das maiores ameaças ao crescimento económico mundial.
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