China acusa Donald Trump de “bullying comercial”
No dia em que entram em vigor as novas tarifas aduaneiras sobre as importações chinesas, Pequim acusa Trump de "bullying comercial".
No dia em que os Estados Unidos e a China aplicam, de modo recíproco, novas tarifas aduaneiras, Pequim acusa Donald Trump de fazer “bullying comercial”. Ainda assim, os chineses dizem estar dispostos a retomar as negociações sobre a guerra comercial, se tal acontecer com uma base de “respeito mútuo e igualdade”, adianta a Reuters.
A partir desta segunda-feira, os Estados Unidos passam a aplicar tarifas de 10% sobre as importações de mais 200 mil milhões de dólares (170,1 mil milhões de euros) de bens chineses. Em resposta, a China passa também a impor taxas de 5% a 10% sobre 60 mil milhões de dólares (51 mil milhões de euros) de produtos norte-americanos.
A guerra comercial entre estas duas potências tem como motor o objetivo norte-americano de aliviar o seu significativo défice comercial. Estes confrontos começaram em março, quando Donald Trump deu “luz verde” à imposição de tarifas sobre 50 mil milhões de dólares de bens importados chineses.
Apesar da escalada das tensões dos últimos meses, tanto os Estados Unidos como a China têm referido que estão abertos a conversar sobre a matéria. Na semana passada, Donald Trump mostrou-se mesmo aberto a negociar o fim da guerra comercial. Isto um dia depois de ter anunciado a nova ronda de tarifas.
Em resposta, esta segunda-feira, a China exige “respeito mútuo” e considera que as ameaças dos últimos tempos estão a “bloquear” os avanços em causa.“A porta para as conversações comerciais está sempre aberta, mas as negociações têm de acontecer num ambiente de respeito mútuo”, nota o Governo chinês citado pela Bloomberg. “As negociações não podem acontecer sob ameaças de mais tarifas”, acrescentam os responsáveis.
Recorde-se que o Presidente norte-americano já chegou mesmo a ameaça taxar todas as importações chinesas. Em causa estão produtos num total de 505,5 mil milhões de dólares (434,7 mil milhões de euros). “Estou pronto para subir para os 500”, disse Trump, em entrevista à CNBC.
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