Juros da dívida em máximos de sete anos. Bolsa afunda
Os juros das obrigações do Tesouro dos EUA atingiram máximos de sete anos, esta quarta-feira, fazendo tremer os mercados. Wall Street fechou no vermelho, pressionado sobretudo pelas tecnológicas.
Com a economia a acelerar, aumenta a expectativa de que a Reserva Federal dos Estados Unidos suba novamente as taxas de juro. Essa perspetiva deu azo à escalada dos juros dos títulos da dívida norte-americana, afundando as bolsas. Wall Street registou quedas de mais de 3%, com as tecnológicas a liderarem.
O índice de referência da praça norte-americana, o S&P 500, fechou em baixa 3,26%. O industrial Dow Jones seguiu a batuta, recuando 3,09%. O tecnológico Nasdaq acompanhou o compasso, desvalorizando 4,03% para os 7.082 pontos. Ainda recentemente o índice tinha chegado a um recorde acima dos 8.000 pontos.
A pressionar as negociações do outro lado do Atlântico esteve a escalada dos juros das obrigações dos EUA — que já atingiram máximos de mais de sete anos — que está a ser motivada pela expectativa de que a Reserva Federal aumente, de novo, as taxas de juro.
“O mercado está digerir o potencial aumento das taxas de juro”, diz Mona Mahajan, estratego de investimento norte-americano na Allianz Global Investors.
Neste contexto, a liderar as perdas, esta quarta-feira, esteve o setor financeiro, ao qual se juntaram as cotadas tecnológicas, assustadas com as renovadas ameaças de Trump de impor tarifas à China.
Os títulos do Facebook recuaram 4,14% para 151,38 dólares, os da Amazon desvalorizaram 6,15% para 1.755,25 dólares, os da Apple desceram 4,63% para 216,36 dólares e os da Alphabet recuaram 4,63% para 1.092,16 dólares.
Assine o ECO Premium
No momento em que a informação é mais importante do que nunca, apoie o jornalismo independente e rigoroso.
De que forma? Assine o ECO Premium e tenha acesso a notícias exclusivas, à opinião que conta, às reportagens e especiais que mostram o outro lado da história.
Esta assinatura é uma forma de apoiar o ECO e os seus jornalistas. A nossa contrapartida é o jornalismo independente, rigoroso e credível.
Comentários ({{ total }})
Juros da dívida em máximos de sete anos. Bolsa afunda
{{ noCommentsLabel }}