Pharol afunda mais de 10% com interesse de abutres na Oi
A Pharol registou esta terça-feira a sétima sessão de quedas consecutiva, prolongando o pior ciclo desde o início do ano. Bolsa de Lisboa seguiu com ganhos, depois de quatro sessões em queda.
A Pharol registou esta terça-feira a sétima sessão de quedas consecutiva, prolongando o pior ciclo desde o início do ano. O interesse dos fundos “abutre” na operadora brasileira Oi, detida em 22% pela companhia portuguesa, está a arrasar os títulos da antiga PT que, em semana e meia, já perdeu 25% do seu valor. Na sessão de hoje, a queda foi de 11,48% para 0,185 euros.
A Globo avançou na segunda-feira que a Oi poderá estar na mira do Elliott Management e do Aurelius Capital Management, os chamados fundos “abutres” porque costumam apostar em empresas falidas ou perto disso. Relativamente ao Elliott em particular, a Globo escreve que a proposta deverá ser formalizada nas próximas semanas que prevê a aquisição de 60% da empresa, com um investimento de dez mil milhões de reais (2,7 mil milhões de euros), citando uma fonte próxima do processo.
“A Pharol voltou a apresentar perdas relevantes, tendo até a sua negociação sido temporariamente suspensa”, referiram no comentário de fecho da bolsa os analistas do BPI.
Pharol perde 25% em sete sessões
Entretanto, o PSI-20 fechou a sessão desta terça-feira a valorizar 0,76% para 4.404,11 pontos. A contribuir para esta subida estiveram os ganhos da Galp Energia, que registou uma subida de 4,61%, e continua a recuperar de uma semana de perdas, acompanhando a subida do petróleo. O brent registou hoje um avanço de 3,58% para os 46,02 dólares o barril. A subida do “ouro negro” está a ser sustentada por notícias que apontam para um esforço diplomático final entre os membros da OPEP que permita travar o excesso de produção de petróleo e estabilizar os preços.
Depois de quatro sessões em terreno negativo, a EDP avançou 1,82% para os 2,68 euros, e a subsidiária EDP Renováveis avançou 0,1% para os 5,91 euros.
Na banca, o destaque foi para o BCP, que registou uma subida de mais de 1,23%, numa altura em que os investidores aguardam pela assembleia geral de 21 de novembro, na qual será votado o aumento da limitação de direitos de voto de 20% para 30% para que a Fosun entre no capital do banco. A Sonangol também quer ter mais de 20%.
O principal índice português registou esta terça-feira um dos melhores desempenhos na Europa, embora as outras praças tenham também encerrado a sessão já no verde. Em Londres, o FTSE fechou a valorizar 0,50% e em França o CAC-40 encerrou a sessão com ganhos de 0,69%.
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