Banca portuguesa está atrasada na digitalização. Fica para trás na inteligência artificial e na blockchain
Apesar de os bancos nacionais acreditarem que investir na digitalização é importante, a maioria ainda não pôs em prática esta intenção, concluiu um estudo da consultora Roland Berger.
Os bancos nacionais precisam de investir mais na tecnologia e, sobretudo, nos seus quadros, concluiu a consultora Roland Berger, após um estudo sobre a digitalização. Embora o país seja um dos que considera que estes passos são importantes para uma maior digitalização, continua sem os pôr em prática, acabando por ficar em desvantagem face aos pares europeus. Inteligência artificial e blockchain são duas das maiores fraquezas das instituições portuguesas, concluiu o mesmo estudo.
“A corrida pela digitalização não é uma corrida de fundo, mas de velocidade, e os bancos portugueses ainda estão ainda a aquecer para esta corrida, que se fará cada vez mais à escala internacional”, diz a consultora alemã no estudo “The digitalization race: Can financial service providers hack the pace?”.
Atualmente, os bancos nacionais optam por um modelo que permite “acelerar esse processo” através da “coordenação centralizada num departamento único com reporte direto ao CEO/ CDO”, explica Luís Baptista, responsável para a área financeira da Roland Berger, ao Jornal de Negócios (acesso condicionado). Para o especialista, a visão global de toda a estrutura é a que permite ter maior probabilidade de sucesso. Isto porque, em Portugal, os bancos não alargaram as oportunidades digitais a todo o negócio.
Em números, 83% dos bancos nacionais incluídos no estudo indicam que estão já a (ou decidiram) implementar a digitalização em toda a cadeia de produção. Mas, embora o país esteja inserido nos 15% que dizem que tal passo faz parte da agenda estratégica, ainda não concretizou essa intenção.
O setor bancário nacional olha para o modelo de negócio fechado, sem produtos externos, enquanto mais de 60% dos pares europeus já olham para “open banking“, diz o estudo. Para além disso, “em particular, em Portugal, destaca-se o atraso em áreas como inteligência artificial ou blockchain, onde a generalidade dos bancos portugueses não tem uma visão definida ou iniciativas em curso, apesar de reconhecerem o seu impacto transformacional”.
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