“No grupo parlamentar do PS, a partilha de passwords não é “prática generalizada””, diz vice da bancada

  • ECO
  • 10 Novembro 2018

Caso da password partilhada entre deputados do PSD leva vice da bancada socialista a garantir que no PS não é assim. Ferro explica que o que é preciso é "banir" comportamentos com o de Silvano.

A polémica em torno da partilha de passwords no Parlamento entre os deputados do PS José Silvano e Emília Cerqueira levou o vice-presidente da bancada socialista Filipe Neto Brandão a garantir que na bancada do PS “a partilha de passwords não é “prática generalizada””. Em declarações ao Expresso, o presidente da Assembleia da República rejeita que seja preciso mudar as regras de registo de presenças e defende que é preciso “banir” procedimentos que lesam a credibilidade da democracia.

Na sexta-feira, a deputada do PSD Emília Cerqueira admitiu que tinha registado a presença de José Silvano nos dias 18 e 24 de outubro, quando o deputado não esteve nas sessões parlamentares, mas “inadvertidamente”. A deputada assumiu também que “não tem nada de mal” partilhar a password e sinalizou esta ser uma prática comum.

Na sua página do Facebook, o vice-residente da bancada socialista Filipe Neto Brandão escreveu esta manhã que “no Parlamento, como na vida, cada um responde pelo seu comportamento individual, mas posso assegurar que, pelo menos no Grupo Parlamentar do PS – grupo parlamentar que integro -, a partilha de passwords não é “prática generalizada”. A título pessoal, entendo dever deixar bem claro que jamais dei a conhecer a minha password a quem quer que seja, do mesmo modo que não conheço a password de mais ninguém”.

O deputado socialista acrescenta até que “aquando da receção aos parlamentares eleitos, os serviços da AR elucidam individualmente cada eleito sobre o modo de utilização da rede informática. Não há, assim, deputado algum no parlamento português que ignore que o registo da sua presença no plenário é feito através do login em qualquer um dos computadores que se encontram na sala do plenário – e só nesses – e que a introdução desse mesmo login em qualquer outro computador localizado fora dessa sala já não tem a virtualidade de registar aquela presença”.

Também o presidente do Parlamento tomou uma posição sobre o assunto. “O que há a banir são procedimentos lesivos da credibilidade de qualquer deputado, dos grupos parlamentares e, consequentemente, da democracia representativa”, disse em declarações ao Expresso (acesso condicionado).

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