Matos Fernandes admite candidatura à Câmara do Porto
O ministro do Ambiente e da Transição Energética não descarta a possibilidade de se candidatar à presidência da Câmara do Porto. "Se isso algum dia acontecer", será através do PS, disse.
Ao fim de três anos como ministro, Matos Fernandes continua a ver a cidade do Porto “como uma casa”. Em entrevista ao Expresso, não rejeitou a ideia de se candidatar à presidência da Câmara do Porto e, caso isso venha a acontecer, “será sempre dentro de uma lista do PS”. Falou ainda sobre o aeroporto do Montijo, dizendo que não consegue adiantar uma data para entrar em funcionamento, e que o estudo de impacte ambiental “há de entrar nos serviços do Ministério do Ambiente quando o promotor o entender”.
O ministro do Ambiente e, recentemente, da Transição Energética, encarou estes anos “sempre como desafios profissionais”. “Preparei este desafio para quatro anos, espero ter condições para o cumprir até ao fim”, disse.
Questionado sobre se põe a hipótese — e se tem vontade — de se candidatar à Câmara do Porto, Matos Fernandes não respondeu de forma negativa. “Se isso algum dia acontecer será sempre dentro de uma lista do Partido Socialista, que teria de me escolher e não sei se o fará. A probabilidade de liderar um movimento de cidadãos como Rui Moreira é demasiado remota”.
Estudo de impacte ambiental do Montijo “há de entrar nos serviços quando o promotor o entender”
Depois de o estudo de impacte ambiental (EIA) do aeroporto do Montijo ter apresentado algumas lacunas, Matos Fernandes diz que o mesmo “está nas mãos do seu promotor ou dos consultores que o estão a fazer e ainda não entrou na Agência Portuguesa do Ambiente (APA)”. “Há de entrar nos serviços do Ministério do Ambiente quando o promotor o entender”, completou.
“Um aeroporto como este provoca muito menos impactes ambientais que um a fazer de novo”, disse. Estão a ser tidos em conta o impacto na avifauna e o ruído. Para merecer uma decisão positiva por parte do ministério “tem de ter uma decisão técnica positiva liderada pela APA, e que envolve várias entidades de outros ministérios, e que será tomada em total liberdade e a seu tempo”.
Sobre uma possível data para a aterragem do primeiro passageiro no Montijo, o ministro diz não conseguir adiantar, “de forma alguma”. “Não tenho a mais pequena noção da extensão temporal das obras. (…) tem de haver rapidamente uma outra infraestrutura aeroportuária que possa servir de alternativa ao Aeroporto Humberto Delgado, mas não somos nós neste ministério que temos a responsabilidade de promoção desse empreendimento”, justificou.
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