Juros implícitos no crédito da casa sobem pelo quinto mês. Estão em máximos de mais de dois anos
A taxa de juro no conjunto dos créditos à habitação existentes em Portugal subiu para 1,051%, em outubro. Nos contratos celebrados nos últimos três meses também aumentou.
Os juros do conjunto de créditos à habitação existentes em Portugal subiu, em outubro, pelo quinto mês consecutivo. Fixaram-se naquele mês na fasquia mais alta em mais de dois anos. Nos contratos celebrados nos últimos três meses também aumentou, dá conta o Instituto Nacional de Estatísticas (INE) nesta quarta-feira.
“A taxa de juro implícita no conjunto dos contratos de crédito à habitação aumentou 0,8 pontos base face ao observado em setembro, para 1,051%. Nos contratos celebrados nos últimos três meses, a taxa de juro subiu 1,5 pontos base no mês em análise, para 1,459%”, explica o organismo público de estatísticas.
A taxa de juro fixada em outubro para a globalidade dos financiamentos é a mais elevada desde agosto de 2016, sinalizando o movimento de recuperação dos indexantes que já se começa a assistir. No caso dos novos contratos, a subida registada acontece após uma quebra em setembro, com a taxa a fixar-se em máximos de agosto.
Juros da casa voltam a subir
Fonte: INE
O aumento de juros foi acompanhado por uma subida do valor médio da prestação vencida. O acréscimo foi de um euro entre setembro e outubro, para os 243 euros, na globalidade dos créditos. “Deste valor, 46 euros (19%) correspondem a pagamento de juros e 197 euros (81%) a capital amortizado” dá conta o INE. Nos contratos celebrados nos últimos três meses, a subida foi mais acentuada: o valor médio da prestação aumentou 12 euros, para 327 euros, em outubro.
Já o capital médio em dívida diminuiu 13 euros para a globalidade dos financiamentos da casa, entre setembro e outubro, para se fixar em 52.160 euros. Para os contratos celebrados nos últimos três meses, o montante médio do capital em dívida desceu
262 euros para 99.080 euros.
(Notícia atualizada às 11h27 com mais informação)
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