Centro de operações para fornecedores da Google em Lisboa já funciona como “apoio”
A gigante tecnológica norte-americana diz que o seu centro de operações para fornecedores em Oeiras, distrito de Lisboa, abriu no verão e está a funcionar como “apoio” à sua atividade.
O centro de operações para fornecedores da Google em Oeiras, distrito de Lisboa, abriu no verão e está a funcionar como “apoio” à atividade da tecnológica norte-americana, mas a empresa recusa-se a dar informações sobre o espaço.
“Como anunciado pelo primeiro-ministro, António Costa, em janeiro de 2018, a Google abriu no verão um novo centro de operações de fornecedores em Lisboa, totalmente dedicado a fornecedores terceiros”, informou a Google numa curta resposta escrita enviada à agência Lusa.
A empresa acrescenta que, “com esta abertura”, está a “instalar [no país] alguns dos muitos fornecedores que dão apoio às operações da Google”.
A Lusa perguntou também a data exata de arranque do centro, as suas funcionalidades, o total de colaboradores e o valor do investimento, mas não obteve qualquer resposta.
A criação deste centro de inovação gerou controvérsia, desde logo por se achar que se trataria de um call center, isto é, um centro de atendimento telefónico e não tecnológico.
Em janeiro, António Costa anunciou que a multinacional norte-americana iria instalar, a partir de junho, em Oeiras, um centro de serviços, ‘hub’ (centro) tecnológico, para a Europa, Médio Oriente e África, arrancando com cerca de 500 empregos qualificados.
Um mês depois, em fevereiro, a tecnológica assegurou que o espaço em Oeiras não seria um call center, mas sim um centro de operações com vários serviços, como financeiros, mostrando-se surpreendida com a discussão.
“Temos call centers, mas o escritório, o centro de inovação que a Google vai abrir para a Europa, Médio Oriente e África em Lisboa não é um call center”, garantiu, na altura, o diretor de Assuntos Institucionais da Google Portugal e Espanha, Francisco Ruiz Anton.
O responsável mostrou-se admirado com a polémica gerada em torno do tipo de espaço: “Surpreende-me esta discussão porque é um centro de operações da Google. Não tem sentido essa discussão”.
Em causa estava, segundo Francisco Ruiz Anton, um total de 535 postos de trabalho, para diversas áreas.
“Podem ser serviços financeiros de apoio à Google que se prestem desde aqui, como outros serviços. Falamos de todas [as vagas], depende dos serviços que prestem”, afirmou.
A estimativa era de que, “se tudo corresse bem”, este centro de inovação começasse a funcionar no final de julho, estando previsto para o parque empresarial Lagoas Park, em Oeiras.
No site do Lagoas Park não existe, contudo, qualquer referência à Google no diretório de empresas ali instaladas.
Em fevereiro, Francisco Ruiz Anton escusou-se a apontar valores de investimentos, mas sustentou que “o maior investimento” se relacionava com os empregos a criar, num tipo de centro “onde é possível crescer” na carreira.
“É uma grande notícia para este país e uma grande prova da confiança da Google”, notou.
Falando sobre os motivos que levaram a empresa a querer instalar-se em Portugal, o responsável recusou que tenha sido pelos custos laborais.
A empresa escolheu Portugal por ser “um país que está a apostar no setor tecnológico, no empreendedorismo e nas ‘startup’ [empresas com potencial de crescimento]”, adiantou.
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