“Olá, Mercedes”. Sim, o Classe A fala consigo
Se esteticamente o Classe A sofreu apenas uma atualização, a tecnologia embutida no pequeno familiar é toda nova. Parece um iPhone de última geração.
Não, o Classe A não nos vem receber à porta. Não nos cumprimenta quando entramos, mas está lá pronto para ajudar quando precisamos dele. Ou melhor, dela. Só temos de a chamar. Basta um simples “Olá, Mercedes” para que as nossas dúvidas sejam respondidas e, mais importante, que os nossos pedidos sejam satisfeitos.
“Olá, Mercedes”. “Em que posso ajudar?”, responde-nos a assistente virtual da fabricante germânica incluída no novo Classe A. “Como está o tempo em Lisboa?” Rapidamente ela faz-nos a descrição da meteorologia, tanto a atual como a dos dias que aí vêm. Se pedimos um tipo de música, ela sintoniza. E se tivermos frio, ela liga o aquecimento. É só pedir, sempre com um simpático “Olá” antes de cada desejo.
Faz tudo isto — e até abre a cortina do tejadilho — mostrando o que se pediu num ecrã gigante que é, sem dúvida, o ex-libris deste novo Classe A. Vai no centro do tablier até quase à janela do condutor, conferindo um toque high tech ao novo modelo. Se no centro do automóvel há muito infotainment, na parte que fica por detrás do volante privilegia-se a informação para o condutor. Mas é tudo configurável ao gosto do dono.
Mas onde está o manual?
É possível usar a voz para fazer um sem número de tarefas, mas para outras convém dar uso aos botões. E há muitos. Mesmo muitos. Desde o pad entre os bancos dianteiros até aos muitos outros que tomam conta de todo o espaço ao redor do airbag de quem tem o volante do A nas mãos. São tantos — e ainda mais se contarmos com os da climatização.
Para quem faz o ensaio é desafiante. Para quem usa diariamente, o desafio é menor. E com o passar do tempo, os toques nos botões no volante, ou no pad na consola central tornam-se automáticos. A partir desse momento passamos a contemplar todo aquele ecrã, a forma como se funde no tablier. E o olhar deixa-se conquistar pelo jogo de luzes personalizável que vem com este Mercedes, isto enquanto o resto do corpo aprecia as curvas dos bancos, mas também as da estrada.
Um bom com compromisso
Botão Start pressionado, seletor no Drive e o A ganha vida, desfilando a nova vestimenta — mais arrojada graças aos conjuntos óticos dianteiros mais rasgados, entradas de ar de maiores dimensões e uma grelha gigante — pelo asfalto. E há várias motorizações disponíveis, algumas delas partilhadas com a Renault. Um desses motores é o 1.4 litros de 163 cv, desenvolvido pela Mercedes e que pode ser encontrado também no Renault Scénic — que se junta ao 2.0 litros de 224 cv, da fabricante alemã.
Depois há o best seller, o A 180d, com um motor de origem Renault, o 1.5 DCi, com 116 cv. O diesel, equipado com caixa de velocidades automática 7G-DCT de dupla embraiagem, mostra-se um bom aliado para este pequeno motor, permitindo rápidas respostas ao pé direito.
Reponde bem, especialmente quando se coloca se seleciona o modo de condução mais desportivo, mas principalmente revela-se um bom compromisso tendo em conta os consumos. É extremamente comedido, conseguindo-se facilmente ficar na casa dos 5 litros/100 km. Em termos de preços, começam nos 27 mil euros, mas com algum equipamento extra facilmente chega aos 32 mil.
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