Tensão na dívida nacional até ao próximo leilão
O banco de investimento diz que o agravamento dos juros da dívida nacional pode continuar até à nova emissão de dívida do país. O IGCP pode avançar com um novo leilão já na próxima semana.
Os juros da dívida portuguesa têm vindo a agravar-se, um pouco à semelhança do que está a acontecer nos restantes países do euro. E deverão continuar a subir até que o IGCP anuncie o último leilão de obrigações do Tesouro que, diz o Commerzbank, deverá acontecer durante a próxima semana. Até lá, cautela.
A taxa das obrigações do Tesouro a 10 anos superaram os 3,6%, atingindo o nível mais elevado em 10 meses. Apesar deste agravamento, com a consequente queda do valor das obrigações, estas acabaram por apresentar um desempenho muito melhor do que os títulos de longo prazo de Itália, nota o analista David Schnautz.
Suspeitamos que este mau desempenho dos títulos portugueses — especialmente depois do crescimento económico muito superior ao esperado no terceiro trimestre — tem sido conduzido pela perspetiva dos investidores em relação a esta emissão.
Este desempenho negativo da dívida nacional deverá manter-se. “Reiteramos a nossa visão de que poderão ser realizados dois leilões, a cinco e 10 anos, resultando na obtenção de mais mil milhões de euros”. Esta nova operação poderá acontecer na próxima quarta-feira, 23 de novembro. Essa data “exige que o IGCP anuncie a emissão esta sexta-feira”.
Juros da dívida nacional acima de 3,6%
“Suspeitamos que este mau desempenho dos títulos portugueses — especialmente depois do crescimento económico muito superior ao esperado no terceiro trimestre — tem sido conduzido pela perspetiva dos investidores em relação a esta emissão”, refere o banco. “Se esse for o caso, um alívio das taxas no curto prazo está afastado até ao leilão”, nota, reiterando “a visão cautelosa no médio prazo”.
Assine o ECO Premium
No momento em que a informação é mais importante do que nunca, apoie o jornalismo independente e rigoroso.
De que forma? Assine o ECO Premium e tenha acesso a notícias exclusivas, à opinião que conta, às reportagens e especiais que mostram o outro lado da história.
Esta assinatura é uma forma de apoiar o ECO e os seus jornalistas. A nossa contrapartida é o jornalismo independente, rigoroso e credível.
Comentários ({{ total }})
Tensão na dívida nacional até ao próximo leilão
{{ noCommentsLabel }}