Bolsa de Lisboa recebe nova cotada na véspera de Natal. Flexdeal entra dia 24

A primeira Sociedade de Investimento Mobiliário para o Fomento da Economia foi criada em janeiro de 2018 e está obrigada por lei a entrar em bolsa até um ano depois.

A primeira Sociedade de Investimento para o Fomento da Economia (SIMFE) portuguesa vai chegar à bolsa de Lisboa com uma oferta de 3,1 milhões de ações, vendidas a cinco euros cada, segundo confirmou fonte oficial da Euronext ao ECO. A Flexdeal foi registada como SIMFE em janeiro de 2018 e está obrigada por lei a entrar em bolsa até um ano depois.

A lei das SIMFE obriga a que estes veículos, criados no âmbito da dinamização do mercado de capitais prevista no Programa Capitalizar, sejam cotados em bolsa até um ano depois de serem aprovados pela Comissão do Mercado de Valores Mobiliários (CMVM). Para a Flexdeal — a primeira e, para já, única SIMFE em Portugal — essa data é dia 4 de janeiro.

A sessão especial de bolsa da empresa irá acontecer esta sexta-feira e a entrada técnica em bolsa está marcada para dia 24 de dezembro. O Jornal Económico noticiou, no mês passado, que a empresa liderada por Alberto Amaral estaria a preparar uma oferta de ações dirigida a investidores institucionais.

A entrada em bolsa da Flexdeal acontece num semestre de turbulência no mercado. As condições adversas já causaram a queda da colocação particular de ações também junto de investidores institucionais da Sonae MC, bem como do cancelamento dos aumentos de capital da Vista Alegre e da Pharol, ambas na semana passada. Já a Science4you adiou a oferta pública de venda por mais dois meses. Em sentido contrário, a Bolsa de Lisboa registou a admissão técnica da Farminveste e a IPO e entrada da fintech Raize, no mercado não regulamentado Euronext Access.

Para ser admitida à negociação num mercado regulamentado como previsto na lei, a Flexdeal terá de dispersar, pelo menos, 25% do capital social ou superior a 5% do capital (caso seja superior a cinco milhões de euros). O relatório e contas disponível no site da empresa indica que, no final do primeiro semestre, o capital social da empresa era de 11.053.580 euros, representado por 2.210.716 ações de valor nominal de cinco euros cada.

A Flexdeal — que resultou da reconversão da anterior sociedade chamada Método Garantido em SIMFE, em agosto de 2017 — é detida em 99,48% pela Método Garantido Participações, estando o restante dividido em participações simbólicas de três outros acionistas do núcleo fundador. Alberto Amaral é o chairman e CEO, enquanto Ricardo Arroja é administrador executivo.

O objetivo das SIMFE é o investimento em pequenas e médias empresas (PME), mas também em mid caps e small mid caps. A lei obriga a que os instrumentos de capital representem um mínimo de 50% do património da empresa. O mesmo relatório refere que nos primeiros nove meses de atividade, que terminaram a 30 de junho de 2018, foi realizado um investimento de 10,2 mil milhões de euros na compra de participações no capital de 23 sociedades.

Nesse período, abandonou uma das empresas e passou a deter participações no capital de 22 sociedades, em todas posições minoritárias. Os rendimentos conseguidos através dos instrumentos financeiros ascenderam a 1,048 milhões de euros, a que se somam 433,8 mil euros em rendimentos a realizar.

(Notícia atualizada às 14h40)

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