Europa precisa de bancos maiores para fazer frente aos EUA, diz Axel Weber
Para o chairman do banco suíço UBS, os bancos norte-americanos vão expandir-se cada vez mais para os mercados europeu e asiático, impulsionados pela vontade dos clientes.
Se os bancos europeus querem fazer frente aos norte-americanos, têm de crescer em dimensão. O conselho é de Axel Weber, atual chairman do banco suíço UBS e antigo membro do conselho de governadores do Banco Central Europeu, que vê o crescimento como a resposta para a expansão dos bancos norte-americanos.
“O que a Europa precisa para alcançar as empresas americanas é de campeões europeus, bancos que são de maior dimensão”, disse Axel Weber em declarações à Bloomberg (acesso condicionado/conteúdo em inglês). Depois da crise financeira, os bancos europeus mostram uma recuperação mais demorada do que os norte-americanos.
Para o responsável, as instituições financeiras norte-americanas vão chegar a cada vez mais mercados. “Não vamos ver apenas os bancos domésticos a tornarem-se mais pan-europeus, mas também os bancos dos EUA a assumir uma participação maior na Europa e na Ásia porque os clientes vão querer exposição global e serviços bancários globais também”.
Mesmo assim, apesar de sinalizar que esta será a melhor solução, o banco suíço ainda não está pronto para aumentar através de acordos ou fusões. “Queremos principalmente crescer organicamente e antes de podermos correr, temos de ser capazes de andar com segurança”, indicou Weber a um jornal suíço, citado pela Bloomberg.
Alguns bancos já têm estudado a hipótese de se juntar a outros, como o Deutsche Bank (que foi presidido pelo próprio Axel Weber), que terá discutido com os acionistas uma fusão com o rival Commerzbank. O Governo alemão também tinha defendido que o país precisa de ter um banco que se afirme forte a nível internacional.
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