Vendas no reinado de Rui Vitória deram ao Benfica um encaixe de 425 milhões
Rui Vitória rescindiu contrato com o clube dos encarnados. Durante as quatro épocas em que lá esteve, o Benfica encaixou 425 milhões com a venda de jogadores e gastou 115 milhões.
Quatro épocas depois, Rui Vitória abandona o Benfica. O treinador e o clube rescindiram o contrato, mas Vitória deixa na Luz a melhor herança financeira em toda a história do clube em termos de encaixe com transferências de jogadores. Entre vendas e compras, que totalizaram 253 transferências durante as três épocas e meia de Rui Vitória, o Benfica embolsou 425 milhões de euros com venda de futebolistas.
Rui Vitória assumiu a liderança técnica do Benfica a 1 de julho de 2015 e por lá ficou até esta quinta-feira. De acordo com o site Transfermarkt, nas três épocas e meia de Vitória (uma delas com alguns dias partilhados com Jorge Jesus), o Benfica cedeu 121 jogadores (através de vendas ou empréstimos), o que, para as contas dos encarnados, representou um encaixe de 425 milhões de euros. No mesmo período, o clube comprou os direitos de 132 profissionais, o que representou uma despesa de 115 milhões. O saldo dos quatro anos de Vitória na Luz é positivo, em 311 milhões de euros.
No período sob gestão futebolística de Vítoria, foi na de 2016/2017 que o Benfica gastou mais a comprar jogadores: 43,77 milhões de euros. Aqui, o destaque foi a compra de Rafa Silva ao Sp. Braga por 16 milhões e de Mitroglou ao Fulham por sete milhões. Em vendas, o maior encaixe nessa época veio da transação de Renato Sanches para o Bayern por 35 milhões e de Gonçalo Guedes para o PSG por 30 milhões.
No tempo de Jesus, Benfica encaixou 358 milhões
Durante as seis épocas de Jorge Jesus — atualmente treinador do Al-Hilal, e apontado como possível sucessor de Vitória –, que arrancaram em 2009 e terminaram em 2015, o Benfica transacionou 450 futebolistas: vendeu/emprestou 218 e comprou/pediu emprestado 232. Feitas as contas, gastou 230 milhões de euros e encaixou 358 milhões, o equivalente a um saldo positivo de 129 milhões de euros.
Comparando com o reinado de Rui Vitória, o Benfica encaixou menos 67 milhões de euros com a venda de jogadores de futebol no tempo de Jesus. No entanto, nestas contas é necessário ter presente que a venda de atletas no reinado de um treinador não resulta exclusivamente do seu trabalho e da valorização que fez do plantel nesse período.
Enquanto Jorge Jesus treinou os encarnados, foi na época de 2014/2015 que o clube encaixou mais dinheiro (104,65 milhões de euros), com destaque para as vendas de Markovic ao Liverpool e de Enzo Pérez ao Valência, ambos por 25 milhões. Em termos de compras, foi na época de 2013/2014 que o Benfica gastou mais a comprar jogadores: 55,75 milhões de euros. Aqui, os destaques foram as compras do Pizzi ao Atlético de Madrid por 14 milhões de euros e de Markovic ao Partizan por dez milhões.
Analisando os últimos 18 anos, foi na época de 2017/2018 — com Rui Vitória no comando –, que o Benfica mais dinheiro encaixou com a venda de jogadores. No total foram 137,07 milhões de euros, com destaque para a venda de Ederson ao Manchester City por 40 milhões e a de Nélson Semedo ao Barcelona por 35,37 milhões. Já nas compras, foi na época de 2013/2014 — com Jesus no comando –, que o clube da Luz gastou mais dinheiro: 55,75 milhões.
Historial de treinadores do Benfica
Recuando até à época de 2000/2001, quando José Mourinho começou a treinar o plantel benfiquista, o Benfica desembolsou 18,3 milhões de euros na compra de jogadores mas, em contrapartida, encaixou 19,45 milhões com a venda de outros. Seguiram-se Toni e Jesualdo Ferreira em 2001/2002, época em que entraram nas contas 20 milhões com a venda de jogadores e durante as duas épocas de José Camacho e Giovanni Trapattoni foram mais 18,5 milhões que entraram. Até entrar Jorge Jesus, destaque para a época de José Camacho em 2007/2008, quando o Benfica vendeu jogadores avaliados em 54,22 milhões de euros.
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