Rio rejeita “limpar” fraca execução do investimento do Governo. Avisa que não tem pressa

Líder do PSD põe condições para dar ao mão ao Governo no Plano Nacional de Investimentos. Rui Rio mostra trabalho do partido e evita comentar tensão interna.

O PSD está disponível para apoiar o Governo no Plano Nacional de Investimentos, mas impôs condições para o fazer. Não pode servir para “limpar a fraca execução” do plano de investimentos que está atualmente em vigor, não pode ser aprovado à pressa e deve ter em conta pequenas obras que têm um “efeito multiplicador”, disse Rui Rio na conferência de imprensa na sede do PSD.

O PSD está “disponível para fazer acordos em matérias estruturantes” em “nome do interesse nacional”, mas “não podemos colaborar para fazer uma lista de obras para limpar a fraca de execução” do PETI 3+, o atual programa de investimentos do tempo do Governo de Passos Coelho.

Esta quinta-feira, o Governo aprova no Conselho de Ministros o Plano Nacional de Investimentos para os próximos anos, para o qual quer um apoio parlamentar de dois terços dos deputados.

Rui Rio lembrou que falta executar o 80% do PETI 3+. A execução deste programa dá uma “execução de cerca de 300 milhões de euros ao ano”, contabilizou, acrescentando que a nova proposta – que pressupõe um investimento de 20 mil milhões de euros em 10 anos – implica um investimento “6,6 vezes maior” do que o esperado no plano em vigor. Qual a razão dos “falhanços” e porque é “tão baixa a execução” e “quais as fontes de financiamento”. Estas foram as dúvidas lançadas por Rio Rio, na conferência de imprensa que se seguiu à reunião da Comissão Política Nacional. De manhã, o PSD esteve reunido com o Governo, que lhe esteve a apresentar o Plano Nacional de Investimentos, que será aprovado no Conselho de Ministros desta quinta.

Além disso, Rio Rio avisou o Executivo de que “não há necessidade de ter grande pressa”. O Governo tem intenção de mandar o diploma para o Parlamento na sexta-feira. O líder do PSD alertou ainda para a necessidade de “sendo um plano de novos investimentos é preciso ter atenção às pequenas obras”, por terem “um grande efeito multiplicador”.

A conferência de imprensa acontece numa altura em que o partido vive momentos de tensão, com a liderança de Rio a ser criticada. O líder do PSD avançou que no ano passado entraram 5821 novos militantes para o partido e saíram 872. Além disso, anunciou que no dia 16 de fevereiro o partido realiza uma Convenção do Conselho Estratégico Nacional (CEN) a 16 de fevereiro, quando faz um ano da sua liderança e no dia em que o PS tem a sua Convenção Nacional, onde anunciará o cabeça-de-lista às europeias.

Confrontado com a tensão que o partido vive, Rio não quis fazer comentários, mas rejeitou que o partido seja pequeno. “O PSD não é pequeno.”

(Notícia atualizada)

 

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