PSD dramatiza e pede intervenção do Presidente na polémica da Caixa
O líder da bancada parlamentar do PSD, Luís Montenegro, pediu este sábado uma nova intervenção de Marcelo Rebelo de Sousa para "normalizar o funcionamento das instituições."
Luís Montenegro, líder da bancada parlamentar do PSD, pediu este sábado ao Presidente da República, Marcelo Rebelo de Sousa, que volte a intervir no caso da Caixa Geral de Depósitos. Montenegro recorda que o PSD já entregou um requerimento ao Governo e à CGD para que sejam revelados os acordos firmados.
“Tudo isto está envolto numa situação insustentável”, frisou Luís Montenegro, em declarações aos jornalistas, em Espinho. “É preciso deixar de brincar com este assunto”, disse, sublinhando a importância da Caixa para a economia portuguesa. E, acusando o primeiro-ministro de ter “abdicado de ser o protagonista da arrumação do assunto”, deixou um pedido a Marcelo: é preciso o Presidente “intervir no sentido de normalizar o funcionamento das instituições”, defendeu.
"Não sendo o Governo capaz de pôr ordem na casa, temos de pedir a intervenção do Presidente da República.”
“Não sendo o Governo capaz de pôr ordem na casa, temos de pedir a intervenção do Presidente da República”, reforçou Montenegro.
Ao final do dia de ontem, o PSD enviou um requerimento ao Governo e outro à Caixa, pedindo que sejam revelados os acordos firmados entre o Executivo e a nova administração do banco público. Em causa estão as dúvidas sobre as garantias concretas que foram dadas pelo Governo à equipa de António Domingues, no que diz respeito à isenção de apresentação das declarações de rendimentos e património ao Tribunal Constitucional.
Ao ECO, António Leitão Amaro, deputado do PSD, frisou que tanto o Executivo, como a Caixa “são obrigados a responder, pela Constituição.” A resposta terá de chegar dentro de 30 dias, adianta.
Vários meios de comunicação revelaram detalhes sobre garantias que terão sido dadas por escrito, por parte do Governo ao presidente da CGD, no sentido de a equipa escapar à revelação dos seus rendimentos e património — um requisito exigido para titulares de cargos políticos ou equiparados, como é o caso das empresas públicas. Contudo, Ricardo Mourinho Félix, secretário de Estado do Tesouro, desmentiu estas informações.
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