Simulações de IRS. Caso a caso, saiba quanto vai aumentar o seu salário
Já são conhecidas as tabelas de retenção na fonte para 2019. O ECO mostra-lhe quanto vai aumentar o seu rendimento líquido mensal. Um salário de 1.500€ terá um alivio mensal de 3 euros (42 euros/ano).
O Governo já publicou as tabelas de retenção na fonte de IRS. Conhecidas as taxas que vão vigorar este ano, já é possível calcular qual é a percentagem do salário que a sua entidade patronal vai reter todos os meses para entregar ao Fisco.
Este ano, como existe uma revisão em baixa das taxas de retenção, os trabalhadores dependentes e os pensionistas vão descontar menos para o IRS todos os meses, o que significa um aumento do rendimento líquido auferido ao final do mês.
Por exemplo, um trabalhador dependente não casado, sem filhos, e que ganhe 1.000 euros brutos mensais vai descontar todos os meses menos dois euros do seu salário para o IRS. Ao final do ano isto representa uma “poupança” de 28 euros.
Para um casal (dois titulares) com um filho e que ao final do mês ganhe 5 mil euros (2,5 mil cada um), as novas tabelas representam um aumento do rendimento bruto líquido de 15 euros/mês, ou seja, um alívio de 210 euros por ano (incluindo no subsídio de férias e Natal).
Mas atenção! Descontar menos para o IRS todos os meses não significa que os portugueses vão pagar menos ou mais impostos. O aumento do rendimento líquido mensal terá por contrapartida que em 2020, quando houver o acerto de contas com o Fisco referente aos rendimentos de 2019, os contribuintes vão receber um valor menor de reembolso (ou vão pagar mais caso o acerto assim o determine).
As novas taxas de retenção que vão estar em vigor este ano refletem as alterações feitas nos escalões de IRS em 2018 (passaram de cinco para sete) e implicaram uma baixa dos impostos para todos os que ganham até, sensivelmente, 40 mil euros por ano.
Isto porque, no ano passado, o Governo não atualizou as tabelas de retenção o suficiente para espelhar a baixa de IRS, o que quer dizer que ao longo de 2018 os portugueses andaram todos os meses a pagar mais o que deviam. Em contrapartida, este ano, quando receberam o reembolso, vão ter um cheque mais chorudo.
Com a atualização das tabelas de retenção feita agora, o Governo acaba por fazer o ajustamento que começou em 2018, o que quer dizer que os portugueses vão descontar todos os meses um valor mais próximo do IRS efetivo que têm de pagar. Mas em 2020, o reembolso será naturalmente menor se tiverem dinheiro a haver do Fisco (ou o pagamento de IRS será maior, caso o acerto assim o determine).
O que muda no seu salário em 2019?
Conhecidas as novas tabelas, já pode agora calcular o desconto mensal de que será alvo o seu salário todos os meses. Os cálculos são feitos pela PwC, no que diz respeito à taxa de IRS a pagar antes das deduções, e pelo ECO, no que diz respeito aos valores da retenção mensal.
No caso de um trabalhador dependente, sem filhos e com 1.000 euros de rendimento bruto mensal, a taxa efetiva de retenção na fonte de IRS desce de 11,9% para 11,7% (em 2019). Deste modo, o trabalhador em causa passará a descontar menos 2 euros todos os meses, levando para casa mais 28 euros ao final do ano.
Já um trabalhador dependente, sem filhos e com 1.500 euros de rendimento bruto mensal verificará um “poupança” de 3 euros mensais ou 42 euros anuais. Isto porque a taxa de retenção desce de 18% para 17,8%.
Um trabalhador também dependente e sem filhos, mas com um rendimento mensal de 2.000 euros verá, por sua vez, o seu rendimento subir, ao fim do mês, 6 euros, que se traduz numa “poupança” de 84 euros anuais. A taxa, neste caso, recua de 22,9% para 22,6%.
Maior poupança, em termos absolutos, fará um trabalhador também dependente e sem filhos, mas com um rendimento mensal de 2.500 euros. Ao fim do mês, verá o seu rendimento subir 10 euros, que se traduzem em 140 euros anuais (considerandos também os impactos nos subsídios de férias e Natal). A taxa recua de 26% para 25,6%.
No caso de um casal (com dois titulares), com um dependente e 3.000 euros de rendimento mensal (1.500 euros por titular), a taxa desce de 17,2% para 17%. Tal recuo traduz-se numa “poupança” de 6 euros mensais ou 84 euros anuais.
Já um casal com as mesmas condições, mas 4.000 euros de rendimento mensal (2.000 euros por titular) passa a receber mais 12 euros por mês, porque a taxa desce de 22,4% para 22,1%.
Por sua vez, um casal com um dependente e 5.000 euros de rendimento mensal (2.500 euros por titular) “poupa” 15 euros (210 euros por ano), descendo a taxa de 25,5% para 25,2%.
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