Quem são os mais influentes no Fórum Económico Mundial?
Há mais de uma centena de países representados, mas os desenvolvidos continuam a dominar o evento. Só os EUA, levaram 778 participantes a Davos. O continente com maior presença é a Europa.
O Fórum Económico Mundial, que começou esta terça-feira na cidade suíça de Davos, vai receber até ao final da semana mais de três mil pessoas, em representação de 114 países do mundo. No entanto, nem todos estão representados de igual forma e a esfera de influências é muito díspar, segundo mostra o gráfico interativo desenvolvido pela agência Reuters.
Apenas quatro países representam 50% dos participantes, com os EUA — sem surpresa — a liderarem a ranking. Apesar de o presidente Donald Trump ter decidido não participar no Fórum devido ao shutdown do governo norte-americano (o que reduziu a delegação em 12 elementos), o país levou 778 representantes à Suíça e tornou-se a maior presença de único país.
Se os EUA são o país mais representado, a Europa também não faltou ao evento económico que marca o arranque do ano e é o continente com maior número de participantes: 1.189. Do total, quase metade são alemães, britânicos ou francês. O país anfitrião, a Suíça, tem 284 inscritos.
Fonte: Reuters
A representação portuguesa é consideravelmente mais modesta. Inclui António Guterres, na qualidade de secretário-geral das Nações Unidas, e Carlos Moedas, enquanto comissário europeu para a Investigação, Ciência e Inovação. Ao nível do Governo, ao contrário dos últimos dois anos, António Costa não estará presente e a representação política nacional é assegurada pelo ministro da Economia, Pedro Siza Vieira, e pelo secretário de Estado da Internacionalização Eurico Brilhante Dias.
A nível empresarial Henrique Soares dos Santos, administrador não-executivo da Jerónimo Martins, volta a marcar presença no encontro e vai acompanhado por Pedro Veloso, vice-presidente da Sociedade Manuel dos Santos, que substitui José Soares dos Santos que esteve em Davos pelo menos nos últimos três anos. Confirmado está também António Mexia, CEO da EDP. A única mulher com presença confirmada é Cláudia Azevedo, próxima CEO da Sonae.
Se a elite mundial continua a ser dominada pelos países desenvolvidos, o panorama está a mudar. A Índia e a China, 5.ª e 7.ª maiores representações no evento, aumentaram o peso no total dos participantes para 7,5% em 2019, de 6,1% em 2016, segundo revelam também os dados da Reuters.
Apesar disso, a China continua sub-representada já que o país aloja 18,4% da população mundial e 15,2% do produto interno bruto (PIB) global. Os países em desenvolvimento representam apenas 21% do total de participantes, este ano, no Fórum Económico Mundial, que tem como tema “Globalização 4.0: Construindo uma arquitetura global na era da Quarta Revolução Industrial”.
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