Armas de destruição maciça e mudanças climáticas. É disto que se tem medo em Davos

O Fórum Económico Mundial alerta que a cooperação internacional é essencial para garantir resposta a ameaças globais. Os maiores riscos identificados centram-se em fatores ambientais e tecnológicos.

Entre fraudes e ataques cibernéticos, são os fenómenos naturais que continuam a apresentar o maior risco para o bem-estar do planeta. Já o que pode impactar mais a vida como a conhecemos são as armas de destruição em massa. As ameaças climáticas são aquelas que estão mais latentes, e a falta de cooperação internacional pode impedir o mundo de as enfrentar com a seriedade necessária.

Parece estar a formar-se um ciclo, no qual as tensões geopolíticas pesam nas perspetivas económicas que, por sua vez, dificultam a cooperação internacional. Estes alertas figuram no relatório do Fórum Económico Mundial, feito como antecipação do encontro anual que se realiza em Davos, e que arranca esta terça-feira. O evento junta várias figuras do panorama económico mundial, entre os quais sete portugueses já confirmados.

Um dos exemplos que permite verificar este clima é a China, que está a ver a economia abrandar. Numa altura em que as tensões comerciais com os Estados Unidos preocupam os líderes, são divulgados dados que mostram que a segunda maior economia mundial cresceu ao ritmo mais lento em quase 30 anos.

“Com o comércio global e o crescimento económico em risco em 2019, a necessidade em renovar a arquitetura da cooperação internacional é hoje mais urgente do que nunca”, aponta Børge Brende, presidente do Fórum Económico Mundial, citado em comunicado. Para Brende, é necessária “uma ação coordenada e concertada para sustentar o crescimento e combater as graves ameaças”.

Mas que ameaças são essas? Se olharmos para aquelas que têm uma maior probabilidade de acontecer, três dizem respeito a riscos ambientais. Eventos climáticos extremos, como inundações e tempestades, estão no topo da lista, depois de um 2018 abundante em problemas deste tipo. Segue-se o fracasso na adaptação às alterações climáticas, com a dificuldade dos Governos em controlar as emissões poluentes e atingir metas.

Terramotos, tsunamis, erupções vulcânicas e outras catástrofes naturais posicionam-se em terceiro lugar no top 5 dos riscos que preocupam o Fórum Económico Mundial. A fechar a lista está a possibilidade de mais incidentes de fraude ou roubo de dados, depois de falhas informáticas que expõem milhares de utilizadores, e ainda ataques cibernéticos em grande escala.

Por outro lado, se tivermos em conta o impacto que essas ameaças terão, os riscos ambientais continuam presentes mas caem na lista. As armas de destruição maciça, como seria de esperar, encabeçam os receios. Para além dos já mencionados, acrescenta-se o risco de crises de água que, nos últimos tempos, tem representado um problema, por exemplo, na Califórnia.

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