Gestão da CGD continua a tentar recuperar créditos e quer atenuar perdas
O Expresso escreve que algumas dívidas ainda não foram dadas definitivamente como incobráveis. Para recuperar parte dos montantes, a estratégia será de uma política mais agressiva.
A Caixa Geral de Depósitos (CGD) continua a tentar recuperar parte dos créditos de risco identificados na versão preliminar da auditoria realizar pela EY, segundo escreve este sábado o jornal Expresso. O documento tornado público esta semana pela imprensa revela que o banco público deu como perdidos 1,2 mil milhões de euros em crédito concedido entre 2000 e 2015.
O documento concluiu que, ao longo destes anos, as sucessivas administrações ignoraram os pareceres dos órgãos competentes ou aprovaram operações de crédito que não apresentavam garantias suficientes, concretizando negócios que vieram a revelar-se de risco “considerado elevado ou grave”.
Os auditores da EY identificaram um conjunto de 46 financiamentos, com os quais a CGD reconheceu perdas de quase 1,2 mil milhões de euros. Também foram revelados investimentos ruinosos em participações de sociedades, como o BCP, que resultou numa perda de 555 milhões de euros.
No entanto, o Expresso escreve que as dívidas de empresas como a Artlant ou Vale do Lobo e de empresários como Joe Berardo ainda não foram dadas definitivamente como incobráveis. Para recuperar parte dos montantes, a estratégia será de uma política mais agressiva e eficaz junto dos devedores. Entre as principais dificuldades estarão o tempo passou, a liquidação de algumas empresas devedoras e as débeis garantias concedidas.
O Expresso escreve ainda que a versão final do relatório é conhecida pela própria CGD e EY, mas também pelo Ministério Público, pelo Banco de Portugal (BdP), pelo Banco Central Europeu (BCE) e pela PwC. Tal como o ECO noticiou, esta última validou a auditoria da EY à gestão da CGD, através de uma avaliação de qualidade, encomendada pelo próprio banco público, liderado por Paulo Macedo.
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