Rendas desaceleram no terceiro trimestre. Sobem 1,3%
O ritmo de subida das rendas de habitação em Portugal desacelerou para 1,3% no terceiro trimestre de 2018, sendo o registo mais baixo desde a segunda metade de 2017.
O ritmo de crescimento trimestral das rendas de habitação em Portugal continental desceu para 1,3% durante o terceiro trimestre de 2018, sendo “o registo mais baixo desde a segunda metade de 2017”, segundo dados da Confidencial Imobiliário divulgados esta segunda-feira.
Com base no Índice de Rendas Residenciais (IRR), indicador que monitoriza a evolução das rendas de habitação efetivamente contratadas em Portugal continental, os resultados relativos ao terceiro trimestre de 2018 confirmam a “desaceleração” do ritmo de crescimento, “que se faz sentir desde início de 2018”, em que “a subida trimestral de 3,6% observada no primeiro trimestre passou para 2,4% no segundo trimestre, culminando agora em pouco mais de 1%”.
Em consequência do abrandamento do ritmo trimestral, o comportamento homólogo exibe, há dois trimestres, “uma tendência, ainda que ligeira, de atenuação”, em que após uma subida homóloga de 13% no primeiro trimestre de 2018 — “um ritmo inédito nos últimos oito anos [o índice IRR reporta a uma série iniciada em 2010]” — , as rendas cresceram 11,2% no trimestre seguinte, ritmo que se manteve inalterado em 11,1% no terceiro trimestre.
Ritmo de subida nunca visto em oito anos
Apesar da dinâmica de desaceleração, “há cerca de um ano e meio que as rendas apresentam subidas homólogas superiores a 10%, um patamar nunca alcançado em oito anos”, avançou a Confidencial Imobiliário.
De acordo com os dados do IRR, o primeiro mercado a iniciar “o ciclo de suavização na subida das rendas” foi Lisboa, verificando-se que, “desde o final de 2016, após um aumento de 7,1% no terceiro trimestre, que as variações trimestrais tendem a apresentar-se mais contidas, situando-se entre 5% e 2%”.
Relativamente ao terceiro trimestre de 2018, o ritmo de crescimento das rendas de habitação em Lisboa manteve-se inalterado nos 1,9%, “continuando nos níveis mais baixos de subida dos últimos dois anos”, informou a Confidencial Imobiliário.
Em termos homólogos, a subida do preço das rendas no mercado de Lisboa recuou de 17,0% para 16,4% entre o segundo e o terceiro trimestre de 2018, tendo iniciado o ano em estabilização face ao final de 2017 (em torno dos 19,8%).
Porto contraria Lisboa. Recuperação foi mais tardia
Contrariando o ritmo de crescimento de Lisboa e do total do país, o mercado do Porto “continua a acelerar as subidas”, apurou o índice, lembrando que a cidade Invicta “iniciou uma trajetória de recuperação cerca de um ano mais tarde”.
“As rendas no Porto cresceram 23,1% em termos homólogos no terceiro trimestre de 2018, intensificando novamente a subida, que, desde início de 2018, se posiciona acima dos 20%”, revelou a Confidencial Imobiliário, indicando que, “ainda assim, denota-se uma progressiva contenção, ainda que suave, na evolução trimestral das rendas, com os 4,7% registados no terceiro trimestre a compararem com os 5,9% do quarto trimestre de 2017”.
Produzido pela empresa Confidencial Imobiliário, o índice IRR é apurado com base nos preços efetivos de transação, informação que resulta do SIR – Sistema de Informação Residencial que regista dados de oferta e vendas, através de um levantamento de informações junto de promotores, mediadores e avaliadores imobiliários, além da banca.
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