Galp perde o trono na bolsa. EDP já vale mais 900 milhões que a petrolífera
No espaço de uma semana, a Galp perdeu o estatuto de cotada mais valiosa da bolsa de Lisboa. A EDP subiu ao trono e já vale mais 900 milhões que a petrolífera portuguesa.
A Galp já não é a cotada mais valiosa da bolsa de Lisboa. Perdeu esse título para a EDP que, no espaço de apenas uma semana, passou a valer mais 900 milhões de euros do que a petrolífera liderada por Carlos Gomes da Silva.
As ações da Galp acumulam uma desvalorização de 5% desde a segunda-feira da semana passada. Chegaram ao final da sessão desta terça-feira a valer 13,61 euros cada uma, avaliando a companhia petrolífera em cerca de 10,5 mil milhões de euros em termos de capitalização bolsista.
Em sentido contrário, a elétrica liderada por António Mexia apresenta um saldo positivo de 3% durante o mesmo período, o que lhe confere uma avaliação de mercado de 11,4 mil milhões de euros.
São desempenhos divergentes que refletem mais o momento mais desfavorável que a Galp está a atravessar no mercado do que boas notícias a rodear a EDP.
Esta segunda-feira, a petrolífera desiludiu os investidores ao apresentar dados operacionais preliminares que não auguram boas notícias para aquilo que podem ser os seus resultados anuais que vai apresentar no próximo mês. A Galp diz que aumentou a produção global em 12% no último trimestre, mas o crescimento não foi considerado tão robusto quanto era esperado pelos analistas. Uma nota de investimento do RBC falava em dados “ligeiramente negativos”. O Haitong referiu-se a números “um pouco negativos”. Só na sessão desta segunda-feira as ações da Galp deslizaram mais de 2%.
No que toca à EDP, o ECO avançou no sábado que a China Three Gorges (CTG) se prepara para fazer o registo da oferta pública de aquisição (OPA) junto das autoridades europeias nas próximas semanas. Só depois de feito esse registo (e da avaliação que for feita por parte dos reguladores) é que os chineses vão avaliar se mantêm ou não o negócio de nove mil milhões de euros em cima da mesa.
Na sexta-feira, a Reuters tinha avançado que a CTG havia suspendido as conversas com Bruxelas há mais de um mês, no que poderia ser interpretado como mais um sinal de que o negócio poderia estar prestes a cair por terra.
A OPA chinesa foi lançada a 11 de maio, há pouco mais de oito meses. A CTG oferece 3,26 euros por cada ação que ainda não detém na EDP. Há também uma oferta em cima da mesa sobre a EDP Renováveis (7,10 euros por ação), processo que está ligado ao sucesso da OPA sobre a casa-mãe.
As cotadas mais valiosas do PSI-20
Fonte: Reuters
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