CDS suspeita de respostas dadas na primeira comissão de inquérito à Caixa
O deputado João Almeida espera que a informação contida na auditoria feita pela EY permita aos deputados serem mais "conclusivos" sobre os atos de gestão na Caixa.
Depois de o Ministério Público ter decidido que a Caixa Geral de Depósitos (CGD) pode entregar ao Parlamento a auditoria feita pela EY à gestão do banco público, o CDS-PP decidiu propor uma nova comissão parlamentar de inquérito à CGD. Esta quarta-feira, João Almeida, vice-presidente da bancada dos democratas cristãos, explica os objetivos desta nova comissão e adianta que o partido “suspeita” que as respostas dadas por vários dos que depuseram na primeira comissão de inquérito serão “diferentes” daquilo que os resultados da auditoria irão mostrar.
Em conferência de imprensa realizada esta manhã, no Parlamento, João Almeida detalhou que o CDS pretende, em primeiro lugar, “concluir a primeira comissão de inquérito que, como é público, foi terminada abruptamente por decisão de PS, PCP e Bloco de Esquerda, que não permitiram que aquilo que eram decisões dos tribunais, para o Parlamento ter acesso a informação, viesse efetivamente a acontecer”.
Por outro lado, diz, “vamos agora conhecer esta auditoria, que tem uma série de informação que não foi tratada na primeira comissão de inquérito“. Assim, considera, “faz sentido tratá-la” quando o Parlamento receber os resultados da auditoria.
O deputado criticou ainda a “lata” dos partidos que considera não terem “permitido que a primeira comissão de inquérito acedesse a toda a informação” e que dizem que “agora poderá haver uma nova comissão porque há informação”. “É uma segunda oportunidade para estes partidos fazerem aquilo que o país nos exige”, afirmou.
João Almeida antecipa ainda que esta nova comissão servirá para que possa haver mais conclusões sobre os atos das sucessivas administrações da Caixa que levaram a que o banco público precisasse de ser recapitalizado. “O facto de, na comissão de inquérito anterior, não termos podido aceder a informação limitou muito aquilo que podemos fazer nos trabalhos da comissão de inquérito. Muitos dos intervenientes que aqui estiveram responderam coisas que suspeitamos que sejam diferentes daquilo que vamos verificar na auditoria“, conclui.
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