Papeleiras puxam pela bolsa. Galp trava ganhos em Lisboa

A bolsa portuguesa encerrou em terreno positivo, ainda que a maioria das cotadas tenha terminado a sessão pintadas de vermelho. Os ganhos das papeleiras puxaram pelo índice nacional, permitindo ao PSI-20 acompanhar a tendência positiva das restantes praças do Velho Continente. A travar ganhos mais elevados esteve, sobretudo, a queda nos títulos da Galp Energia.

O PSI-20, valorizou 0,16% para os 5.118,56 pontos, enquanto lá fora, o sentimento foi idêntico. O Stoxx 600 avançou 0,22%, enquanto o francês CAC valorizou 0,95% e o britânico FTSE ganhou 0,15%, num momento em que os investidores estão animados com os progressos do Brexit, depois de Theresa May ter conseguido o apoio do Parlamento britânico para voltar a negociar com Bruxelas.

Por cá, a impulsionar a valorização do PSI-20 estiveram os ganhos das papeleiras, sendo que a Navigator foi a estrela entre as três empresas, avançando 2,33% para 4,296 euros. Os títulos da Altri, por sua vez, valorizaram 1,27% para 7,16 euros e os da Semapa avançaram 0,94% para 15 euros.

Também a EDP contribuiu para o movimento positivo na praça lisboeta. A empresa liderada por António Mexia encerrou a negociação em terreno positivo, com ganhos na ordem dos 0,61% para 3.155 euros.

A cotada com a maior valorização da sessão foi, contudo, a Mota-Engil. A construtora avançou 2,63% para 1,95 euros.

A travar ganhos maiores esteve, sobretudo, a Galp Energia, que registou uma queda de 0,85% para 13,495 euros. A desvalorização dos títulos da petrolífera aconteceu um dia depois de a empresa já não ser a cotada mais valiosa da bolsa de Lisboa. A Galp perdeu esse título para a EDP que, no espaço de apenas uma semana, passou a valer mais 900 milhões de euros do que a empresa liderada por Carlos Gomes da Silva.

O setor do retalho, por outro lado, também não ajudou a elevar o PSI-20. A Soane recuou 0,55% e a Jerónimo Martins perdeu 0,40%.