Nos excluída das ações preferidas do BPI. Jerónimo Martins mantém posição, mas com menor preço-alvo
A dona do Pingo Doce tornou-se assim a única representante de Portugal na lista de ações da Pensínsula Ibérica preferidas do BPI. Além da Nos, também outras duas espanholas foram excluídas.
Três empresas foram excluídas da lista de ações ibéricas preferidas da equipa de research do BPI. No grupo de saídas incluem-se a portuguesa Nos, o que faz com que a representação nacional fique limitada à Jerónimo Martins. A retalhista dona do Pingo Doce manteve a posição, apesar de os analistas do banco terem revisto em baixa o preço-alvo para os títulos.
O BPI refere que apesar do corte na projeção para o preço da ações, considera que a Jerónimo Martins é um “claro underperformer“. O preço-alvo foi reduzido em 1% para 15,75 euros por ação. O valor compara com a anterior projeção de 15,85 euros, mas ainda prevê um potencial de valorização de 28% face aos 12,38 euros com que a cotada fechou a última sessão. Esta segunda-feira, os títulos seguem a perder 0,24% em bolsa, para 12,35 euros. A recomendação manteve-se em “comprar”.
Por um lado, a empresa foi penalizada no ano passado pelas alterações legislativas na Polónia, que obrigaram a que as lojas da Jerónimo Martins fechassem ao domingo. Sobre esta questão, o BPI refere que “o cenário de competitividade polaco não se deteriorou e as perspetivas macro continuam sólidas mesmo que um abrandamento seja esperado em 2019″. Acrescenta que as eleições legislativas que se vão realizar no país poderão ser positivas para a retalhista portuguesa.
Por outro, a Colômbia será um “importante trigger” para a Jerónimo Martins em 2019. “Temos assistido à estabilização das perdas da empresa, enquanto a JM tem conseguido aumentar as margens brutas neste mercado. Esperamos que os efeitos de escala continuem a conduzir em alta as margens e que a diminuição das perdas se materialize em 2019 (53 milhões vs 72 milhões em 2018 e breakeven em 2021)”, sublinha o relatório do BPI.
Face a estas projeções e aos dados provisórios já divulgados pela empresa, o BPI estima que as vendas da Jerónimo Martins tenham ficado em 17,337 milhões de euros, em 2018, e atinjam os 18,135 milhões de euros, este ano. Quanto ao EBITDA — lucros antes de juros, impostos, depreciações e amortizações –, projeta 973 milhões de euros, no total do ano passado, e 1.039 milhões, este ano.
A Jerónimo Martins é, assim, atualmente a única empresa portuguesa na lista de recomendações core do BPI. Além da Nos (que tinha entrado para a lista preferencial em junho do ano passado), também as espanholas Acerinox e MásMóvil foram excluídas. Em sentido contrário, a fabricante de garrafas de vidro Vidrala, a farmacêutica Faes e a petrolífera Repsol ganharam o estatuto de ações preferenciais na Península Ibérica do BPI.
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