Vendas de participações fazem disparar lucro do BPI para 491 milhões

As vendas de participações feitas no ano passado renderam mais de 190 milhões ao banco liderado por Pablo Forero.

O BPI obteve lucros de 491 milhões de euros no ano passado, depois dos 10,2 milhões que tinham sido registados em 2017. A justificar este resultado estão as vendas de participações que foram feitas no ano passado, que renderam mais de 190 milhões ao banco liderado por Pablo Forero.

Os resultados foram divulgados, esta sexta-feira, em comunicado enviado à Comissão do Mercado de Valores Mobiliários (CMVM). “Em termos consolidados, o BPI registou um lucro de 490,6 milhões de euros, que compara com o resultado de 10,2 milhões no exercício de 2017. A atividade em Portugal contribuiu com 396,3 milhões de euros (81% do total) para o resultado consolidado”, pode ler-se no comunicado.

O valor do resultado alcançado em Portugal “inclui os ganhos extraordinários com as vendas da participação na Viacer (59,6 milhões no primeiro trimestre), da BPI Gestão de Ativos e BPI GIF (61,8 milhões no segundo trimestre e dos negócios de acquiring/TPA e cartões (total de 71,7 milhões no terceiro e quatro trimestres, respetivamente”, detalha ainda o comunicado.

Angola, por seu lado, contribuiu para os resultados com 73,2 milhões, valor que já inclui “os impactos da reclassificação contabilística do [Banco de Fomento Angola] e da desvalorização do kwanza”.

O produto bancário do BPI aumentou em 9%, para 721,6 milhões, um resultado para o qual contribuiu a subida da margem financeira em 8,8%, para os 422,6 milhões, e o aumento de 5,6% das receitas de comissões líquidas, para 277,8 milhões. O BPI justifica o aumento das receitas com comissões com “uma maior atividade comercial em todos os segmentos de negócio: comissões bancárias, fundos de investimento e seguros”.

A carteira total de crédito concedido a clientes subiu 5,7% no ano passado, para os 23.487 milhões. Isto num ano em que o banco conseguiu reduzir imparidades. “A elevada qualidade da carteira de crédito permitiu reversões de imparidades no valor de 8 milhões de euros. Adicionalmente, recuperaram-se 37 milhões de créditos anteriormente abatidos ao ativo. Assim, o custo do risco de crédito, medido pelas imparidades líquidas de recuperações de crédito anteriormente abatido ao ativo, desceu para -45 milhões em 2018”, detalha o comunicado.

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