O’Leary vai deixar liderança da Ryanair. Fica responsável pelas novas filiais
O presidente executivo da Ryanair, Michael O'Leary, vai deixar o cargo ao longo dos próximos 12 meses, no âmbito da reorganização anunciada esta segunda-feira pela empresa.
Michael O’Leary vai abandonar o cargo de presidente executivo da Ryanair no prazo de 12 meses para coordenar as quatro recém-anunciadas filiais do grupo. A notícia foi dada pelo jornal espanhol Cinco Dias no dia em que a empresa anunciou uma grande reorganização, depois de ter registado prejuízos de 20 milhões de euros no terceiro trimestre do ano fiscal de 2018-2019 devido às tarifas mais baixas.
Há meses que se sabia da pressão dos acionistas para afastar O’Leary da gestão do dia-a-dia da empresa. Com esta decisão, O’Leary vai também deixar de liderar as negociações laborais com os representantes dos trabalhadores, depois de um braço de ferro com os sindicatos devido ao estatuto dos pilotos e condições de trabalho dos tripulantes de cabine.
Michael O’Leary prepara-se para assinar um contrato de trabalho de cinco anos que deverá centrar-se no desenvolvimento do grupo, na compra de equipamento, no controlo de custos e gestão aquisições de pequenas empresas, indica o Cinco Dias. O gestor ficará igualmente responsável pelas quatro filiais que o grupo vai criar em vários mercados ao longo deste ano: Ryanair DAC (na Irlanda), Ryanair UK (Reino Unido), Laudamotion (na Áustria) e Ryanair Sun (na Polónia).
A concorrência levou a Ryanair a ter de baixar os preços mais do que o esperado no segmento de curta distância na Europa, levando a empresa irlandesa a fechar no vermelho o trimestre concluído em dezembro: 19,6 milhões de euros, comparativamente com um lucro líquido de 106 milhões no mesmo período do ano anterior. Com preços mais baixos, as margem do negócio seguiram a mesma tendência e caíram significativamente.
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