Lucros da Galp sobem 23%. Petrolífera propõe aumentar dividendo para 63 cêntimos por ação
A Galp Energia fechou o ano passado com lucros de 707 milhões de euros. Representa um aumento de 23% face ao ano anterior, com a petrolífera a propor um aumento de 15% no seu dividendo.
A Galp Energia fechou o ano passado com lucros de 707 milhões de euros. Este valor representa um aumento de 23% face ao ano anterior, tendo sido suportado pela subida da exploração e produção de petróleo, deu conta a empresa em comunicado enviado ao regulador, nesta segunda-feira. A petrolífera liderada por Gomes da Silva propõe ainda uma subida de 15% no seu dividendo, para 63 cêntimos por ação, o que significa a distribuição pelos acionistas de cerca de 74% dos lucros registados o ano passado.
Apesar do aumento do lucro anual, o resultado do último trimestre do ano aponta para um rumo diferente. A petrolífera registou no último trimestre de 2018 um resultado líquido de 109 milhões de euros, 42% aquém do verificado no mesmo período do ano anterior.
No que se refere ao EBITDA ajustado (lucros antes de juros, impostos, depreciações e amortizações), verificou-se uma subida anual de 24%, para 2,2 mil milhões de euros, com este indicador a crescer no último trimestre do ano 4%, para 493 milhões de euros.
“O aumento de 15% da produção working interest (WI) e evolução favorável dos preços de petróleo e gás natural, apesar das menores margens e concentração de atividades de manutenção planeada na refinação”, dá conta a Galp Energia para justificar a evolução anual do seu EBITDA anual.
Já no que respeita ao investimento, este ascendeu a 900 mil milhões de euros no ano, com a petrolífera a considerar “os pagamentos relacionados com as aquisições realizadas no Brasil, no âmbito do negócio de upstream.
Em relação à dívida, esta totalizava 1,7 mil milhões de euros no final de 2018, com o rácio desta face ao EBITDA a situar-se em 8x.
Em resultado do seu lucro anual, a petrolífera liderada por Gomes da Silva pretende propor aos acionistas um aumento de 15% no valor do dividendo a distribuir relativo ao ano passado. Essa subida caso se confirme representa uma distribuição de 63 cêntimos por cada ação detida.
Tendo em conta o total de 829 milhões de ações da Galp, significa que os seus acionistas deverão receber 522,4 milhões de euros em dividendos, o equivalente a cerca de 74% dos lucros totais registados em 2018.
Produção cresce, mas menos. Investimento reforçado
A Galp também atualizou as estimativas dos principais indicadores para o período de 2019 e 2020, justificando-o com a “atualização do contexto macroeconómico e operacional”.
Prevê um reforço do investimento em 2019 para cerca de 1.000 milhões de euros e estima que a produção cresça entre 8% e 12%, abaixo do aumento registado em 2018, anunciou a petrolífera ao mercado.
“A produção total (working interest) deverá aumentar entre 8% e 12% em 2019, enquanto a taxa média agregada de crescimento no período 2018-20 deverá situar-se entre 12% e 16%“, refere a petrolífera, que em 2018 reforçou a produção em 15% e atingiu um valor médio anual de 107,3 mil barris diários de petróleo e gás.
Já o resultado das atividades operacionais deverá crescer entre 10% e 15% (CAGR 2018-20), isto depois de no último ano ter subido 2% para 1,6 mil milhões de euros.
O EBITDA deverá situar-se entre 2,1 mil milhões e os 2,2 mil milhões de euros em 2019 e acima de 3 mil milhões de euros a partir de 2020, crescimento que será previsivelmente impulsionado pela atividade internacional.
Já o investimento orgânico estimado é de cerca de 1.000 milhões de euros por ano em 2019 e 2020, depois de, em 2018, este se ter situado nos 899 milhões de euros, valor que inclui o pagamento de 103 milhões de euros relacionados com as aquisições de novos ativos no Brasil durante o período.
(Notícia atualizada às 7h47 com mais informação)
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