CTT afundam 7% em bolsa. Não resistem a queda de lucros e corte do dividendo

Os CTT estão a ter um dia para esquecer na bolsa nacional. As ações da empresa liderada por Francisco de Lacerda tombam mais de 7%, para mínimos do ano. Os investidores não estão a receber com agrado o anúncio da queda dos lucros dos CTT nem o corte do dividendo a distribuir pelos acionistas.

Os títulos dos CTT desvalorizam 7,28%, para os 2,904 euros, a cotação mais baixa desde a última sessão do ano passado. Trata-se ainda ma maior queda desde as perdas de quase 10% registadas pelo título em maio do ano passado.

A queda das ações que se foi acentuado ao longo da sessão acontece depois de na quarta-feira, após o fecho do mercado, a empresa dos correios ter reportado que registou lucros de 19,6 milhões de euros no ano passado, uma quebra de 28% face ao ano anterior. Os custos com a reestruturação pesaram nos resultados da empresa liderada por Francisco Lacerda, ditando ainda uma quebra de mais de 70% dos dividendos a distribuir, para 0,10 euros por ação.

Ações dos CTT sobre pressão

Mas as contas não são o único problema da cotada. Os CTT estão num conflito público com a Anacom, o regulador setorial, mas o CEO Francisco de Lacerda garantiu em entrevista ao ECO24 – um programa da TVI24 com o ECO – que não acredita em teses de perseguição. “Eu não posso acreditar nisso, nem quero acreditar nisso”. Sobre a nacionalização, que é discutida esta quinta-feira no Parlamento, o presidente executivo do operador de correios afirmou: “Não vejo vantagens em ter os CTT nacionalizados”.

Entretanto, o vice-presidente da bancada socialista João Paulo Correia afirmou esta quinta-feira que o PS aguarda os resultados da auditoria da Inspeção Geral de Finanças (IGF) ao funcionamento dos CTT para propor medidas sobre o futuro desta empresa.

(Notícia atualizada às 16h07 com mais informação)