Banco de Portugal condena Tomás Correia. Tem de pagar 1,5 milhões

  • ECO
  • 21 Fevereiro 2019

Tanto Tomás Correia como os administradores do Montepio foram condenados pelo Banco de Portugal. Foram identificados sete tipos de ilícitos.

O Banco de Portugal condenou Tomás Correia, mas também restantes administradores do Montepio — e o próprio banco da Associação Mutualista Montepio Geral (AMMG) — por, entre outros, a quebra das regras de controlo interno na gestão da instituição financeira. Vai ter de pagar 1,5 milhões de euros. E, diz o Público (acesso condicionado), o supervisor da banca decretou também a inibição de atividade no setor financeiro.

Tomás Correia, líder da AMMG, vai ter de pagar a coima mais pesada, mas aos restantes administradores também foram aplicadas coimas, mas na casa das dezenas e centenas de milhares de euros. Entre esses administradores estão José Almeida Serra, Álvaro Dâmaso, Eduardo Farinha, Rui Amaral, Paulo Magalhães, Jorge Barros Luís e Pedro Ribeiro. E o próprio Montepio, agora liderado por Dulce Mota, foi condenado a pagar 3,5 milhões de euros.

Na base da condenação estão falhas encontradas pelo supervisor quando Tomás Correia exercia o cargo do presidente do agora denominado Banco Montepio, entre 2008 e 2015. Entre os crimes, além das falhas no controlo interno, o Banco de Portugal aponta o não respeito pelas normativas definidas nos regulamentos, que justificaram a concessão de crédito de financiamentos de elevado montante a alguns clientes, nomeadamente a Paulo Guilherme e a José Guilherme.

Além desses, em causa está também o incumprimento nos deveres de implementação de controlo interno na verificação da origem do dinheiro dos subscritores das unidades de participação do Montepio, como foi o caso do financiamento a Paulo Guilherme através do Finibanco Angola, e ainda financiamentos a entidades relacionadas que ultrapassaram o limite legal, diz o Expresso, salientando que foram, no total, identificados sete tipos de ilícitos.

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