Primeira-ministra britânica diz que adiamento da saída da UE “não resolve o problema”
"Está ao nosso alcance sair com um acordo a 29 de março é nisso que todas as minhas energias vão estar concentradas", garantiu a primeira-ministra britânica.
A primeira-ministra britânica, Theresa May, defendeu esta segunda-feira em Sharm el-Sheikh (Egito) que um adiamento da saída do Reino Unido da União Europeia (UE) “não resolve o problema”. “Um adiamento é um adiamento, não resolve o problema”, afirmou May, em conferência de imprensa, após a cimeira UE-Liga Árabe.
A chefe do Governo britânico vincou que uma prorrogação do artigo 50.º “não oferece uma decisão no parlamento, não oferece um acordo”. “Está ao nosso alcance sair com um acordo a 29 de março é nisso que todas as minhas energias vão estar concentradas“, acrescentou a líder conservadora.
Entretanto, o Reino Unido e os Estados Unidos chegaram a um acordo para a continuação do mercado de produtos financeiros derivados depois do ‘Brexit’, anunciaram esta segunda-feira num comunicado os reguladores dos dois países. A permissão terá efeitos com “qualquer que seja a forma” do ‘Brexit’, incluindo uma separação sem acordo bilateral entre Londres e Bruxelas, sublinham os reguladores.
Costa favorável a adiamento da saída do Reino Unido da UE
Por outro lado, o primeiro-ministro, António Costa, mostrou-se esta segunda-feira favorável a um adiamento da saída do Reino Unido da União Europeia, definindo como “desejável e saudável” tudo aquilo que possa evitar um ‘Brexit’ caótico.
Pronunciando-se sobre as notícias veiculadas no domingo pela imprensa britânica, que davam conta da intenção da primeira-ministra britânica, Theresa May, de pedir à União Europeia uma extensão do Artigo 50 para adiar o ‘Brexit’, o primeiro-ministro português disse encarar aquelas informações de “uma forma positiva”.
“É a visão de que se não é possível resolver em duas semanas, damos a oportunidade para resolver em mais tempo, mas sobretudo não vamos desistir de criar condições para que não haja ‘Brexit’ ou a haver ‘Brexit’ ele se desenvolva de uma forma articulada e planeada e não de forma caótica, como estava à beira de acontecer. Tudo o que se possa fazer para evitar um ‘Brexit’ caótico é desejável e saudável”, defendeu, sem especificar se a sua preferência recairia num adiamento por dois meses ou dois anos.
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