Gigante espanhol que anda às compras em Lisboa de olho nas SIGI em Portugal

A Merlin Properties, uma SOCIMI espanhola que tem comprado vários imóveis em Lisboa, admite que investir através das SIGI é uma possibilidade que está a ser estudada.

Investir através das Sociedades de Investimento e Gestão Imobiliária (SIGI), ferramentas criadas recentemente pelo Governo, é uma possibilidade que está a ser estudada pela Merlin Properties, uma SOCIMI espanhola bastante reconhecida em Espanha e com vários imóveis adquiridos em Lisboa. João Cristina, responsável em Portugal, reconhece o problema da falta de oferta de habitação no país, mas acredita que as SIGI serão capazes de “fechar o gap entre a oferta e a procura”.

“Olhamos com bastante interesse para o mercado nacional. Há uma dinâmica inegável dentro do mercado imobiliário e o regime das SIGI é uma possibilidade”, admitiu esta quarta-feira João Cristina, diretor da Merlin Properties em Portugal, durante uma conferência sobre as SIGI, organizada pela Associação Portuguesa de Fundos de Investimento, Pensões e Patrimónios (APFIPP) e pela consultora Worx.

Com cerca de 12 mil milhões de euros em ativos sob gestão, o responsável da SOCIMI espanhola explica que, de todos os investimentos que tem vindo a realizar em território nacional — com quase mil milhões de euros em ativos sob gestão –, são feitos através de SPV [sociedades-veículo]. E o regime das SIGI simplificaria bastante societariamente o nosso investimento e, obviamente, a questão fiscal é importante. A questão do imposto de selo é uma dúvida que temos“, continuou.

A Merlin Properties investe, sobretudo, em imobiliário comercial. É atualmente proprietária de imóveis como o Almada Fórum, que comprou por mais de 400 milhões de euros, ou a Torre Fernão Magalhães, no Parque das Nações. Mas João Cristina reconhece que, “infelizmente, Portugal é um país que necessita muito de investimento estrangeiro”.

“Há um desequilíbrio claro do lado da oferta, no residencial é evidente, mas também noutros [setores]. E criando esta figura, naturalmente o capital acabará por fluir e por se fechar este gap entre a oferta e a procura“.

E é por acreditar nestas figuras que está em cima da mesa o investimento nas mesmas: “Ainda estamos a analisar. Essa análise está a acontecer, mas ainda existem algumas dúvidas”, rematou.

(Notícia atualizada às 13h43 com mais informação)

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