Falta de pessoal na EMEF tira cinco comboios por dia aos planos da CP
A CP realizou menos cinco comboios por dia do que o previsto em 2017 e 2018 nas linhas do Oeste, Alentejo e Algarve. O maior motivo foi falta de material, devido à escassez de pessoal na manutenção.
Nos últimos dois anos, em média, circularam menos cinco comboios por dia do que o que tinha sido planeado pela CP. Em 2017 e 2018, foram registadas mais de 3.300 supressões nas linhas do Oeste, Alentejo e Algarve, sendo que mais de 70% se deveu a falta de material. Os dados foram revelados esta segunda-feira pelo Público (acesso pago).
A falta de material foi o principal motivo que levou à supressão de comboios nas linhas referidas: 2.411 das 3.322 supressões deram-se por essa razão. As greves foram o segundo fator que motivou mais supressões, tendo estado na base de 855 supressões neste período de 720 dias. Houve ainda 56 supressões por questões relacionadas com a infraestrutura.
Os dados refletem os problemas que a empresa pública ferroviária tem registado nos últimos tempos. O jornal denuncia que, na maioria das vezes em que os passageiros foram deixados em terra, o motivo foi a impossibilidade da EMEF de fazer a devida manutenção das automotoras. A falta de recursos humanos é o principal problema.
Este tem sido um dos dossiês mais quentes do Ministério do Planeamento e das Infraestruturas, depois de um ano em que se intensificaram as falhas na CP. Em resposta ao Público, a CP indica que “procura disponibilizar transbordo rodoviário como alternativa”, o que nem sempre é possível. Isso aconteceu com 65% dos comboios suprimidos na linha do Oeste, 60% no Alentejo e 82% no Algarve, de acordo com a empresa liderada por Carlos Nogueira.
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